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Maus tratos: Casos conhecidos são a “ponta do icebergue”
Mais 6 mil crianças em risco
Foram sinalizados pelos centros de saúde mais de seis mil casos de maus tratos em crianças e jovens entre Janeiro de 2008 e Junho de 2009. Destes, 25% foram encaminhados e acompanhados pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e apenas 6% foram dirigidos para os tribunais. Segundo os dados da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, em 2008 foram acompanhados 65 887 menores.
Os dados apresentados no I Encontro Nacional da Rede de Núcleos da Acção de Saúde para Crianças e Jovens em Risco, em Lisboa, resultam de um estudo "feito em colaboração com as vários administrações regionais de Saúde, e que estará disponível em breve, com informação mais detalhada e que possa ter em conta a perspectiva epidemiológica do fenómeno dos maus tratos em si", referiu Vasco Prazeres, coordenador da Acção de Saúde para Crianças e Jovens em Risco.
De acordo com a ministra da Saúde, Ana Jorge, este é um número preocupante, já que os casos conhecidos são apenas a "ponta do icebergue".
"Em casos de risco ou de maus tratos, aquilo que vem ao conhecimento em geral é a ponta do icebergue porque, no fundo, são as situações muito dramáticas, de grande risco, agressividade que, muitas vezes, tem por debaixo muitas crianças e famílias. Uma criança maltratada é sempre um sinal de que há uma família em risco. O número elevado é preocupante, porque uma criança precisa de ser protegida", explicou.
O trabalho desenvolvido pelos 98 núcleos da Acção de Saúde para Crianças e Jovens em Risco, a funcionar a nível nacional nos centros de saúde e hospitais, tem sido, para Ana Jorge, "extremamente positivo", embora reconheça que existem alguns constrangimentos, como a falta de profissionais. "É necessário envolver os profissionais dos diferentes serviços de saúde e trabalhar em rede com as escolas, as instituições de crianças, com a Segurança Social, com estruturas da comunidade."
APONTAMENTOS
LISBOA
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) sinalizou 1363 casos de maus tratos em 2008e 827 situações de risco até Junho de 2009.
NEGLIGÊNCIA
Uma das críticas apresentadas no I Encontro Nacional da Rede de Núcleos da Acção de Saúde para Crianças e Jovens em risco diz respeito à falta de sensibilização de alguns clínicos para a problemática da negligência.
APLICAÇÃO INFORMÁTICA
Até ao final de 2010 irá ser criada uma aplicação informática para sistematizar todaa intervenção clínica e potenciar a capacidade de trabalho em rede para acompanhar cada situação de maus tratos.
DECRETO-LEI
O Decreto-lei n.º 31292/2008 de 5 de Dezembro veio fundamentar a criação da Acção de Saúde para Crianças e Jovens em Risco, dando continuidade ao trabalho já iniciado pelos núcleos de Apoioa Crianças e Jovens em Risco.
Fonte Correio da Manhã
Mais 6 mil crianças em risco
Foram sinalizados pelos centros de saúde mais de seis mil casos de maus tratos em crianças e jovens entre Janeiro de 2008 e Junho de 2009. Destes, 25% foram encaminhados e acompanhados pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e apenas 6% foram dirigidos para os tribunais. Segundo os dados da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, em 2008 foram acompanhados 65 887 menores.
Os dados apresentados no I Encontro Nacional da Rede de Núcleos da Acção de Saúde para Crianças e Jovens em Risco, em Lisboa, resultam de um estudo "feito em colaboração com as vários administrações regionais de Saúde, e que estará disponível em breve, com informação mais detalhada e que possa ter em conta a perspectiva epidemiológica do fenómeno dos maus tratos em si", referiu Vasco Prazeres, coordenador da Acção de Saúde para Crianças e Jovens em Risco.
De acordo com a ministra da Saúde, Ana Jorge, este é um número preocupante, já que os casos conhecidos são apenas a "ponta do icebergue".
"Em casos de risco ou de maus tratos, aquilo que vem ao conhecimento em geral é a ponta do icebergue porque, no fundo, são as situações muito dramáticas, de grande risco, agressividade que, muitas vezes, tem por debaixo muitas crianças e famílias. Uma criança maltratada é sempre um sinal de que há uma família em risco. O número elevado é preocupante, porque uma criança precisa de ser protegida", explicou.
O trabalho desenvolvido pelos 98 núcleos da Acção de Saúde para Crianças e Jovens em Risco, a funcionar a nível nacional nos centros de saúde e hospitais, tem sido, para Ana Jorge, "extremamente positivo", embora reconheça que existem alguns constrangimentos, como a falta de profissionais. "É necessário envolver os profissionais dos diferentes serviços de saúde e trabalhar em rede com as escolas, as instituições de crianças, com a Segurança Social, com estruturas da comunidade."
APONTAMENTOS
LISBOA
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) sinalizou 1363 casos de maus tratos em 2008e 827 situações de risco até Junho de 2009.
NEGLIGÊNCIA
Uma das críticas apresentadas no I Encontro Nacional da Rede de Núcleos da Acção de Saúde para Crianças e Jovens em risco diz respeito à falta de sensibilização de alguns clínicos para a problemática da negligência.
APLICAÇÃO INFORMÁTICA
Até ao final de 2010 irá ser criada uma aplicação informática para sistematizar todaa intervenção clínica e potenciar a capacidade de trabalho em rede para acompanhar cada situação de maus tratos.
DECRETO-LEI
O Decreto-lei n.º 31292/2008 de 5 de Dezembro veio fundamentar a criação da Acção de Saúde para Crianças e Jovens em Risco, dando continuidade ao trabalho já iniciado pelos núcleos de Apoioa Crianças e Jovens em Risco.
Fonte Correio da Manhã