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O que os sonhos nos dizem

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Há anos se estuda os sonhos numa tentativa de desvendar os seus mistérios e enigmas. Serão eles realmente o caminho do inconsciente
para nos comunicar suas mensagens ou apenas imagens delirantes do cérebro limpando o arquivo de informações armazenadas pelas incessantes conexões feitas pelos neurônios durante o dia?
A mente se torna clinicamente insana quando estamos sonhando. Não nos damos conta do quanto é estranho estarmos deitados na cama alucinando situações impossíveis, sem a compreensão do que está acontecendo e, mesmo assim, reagindo emocionalmente a esses fatos, como se fossem reais. Os sonhos são a prova de que a insanidade está presente em todos nós.
Sonhamos para lembrar ou para esquecer? A resposta está muito ligada às novas descobertas sobre o sono REM (rapid eye movement) e sua função biológica. Sonhamos durante a noite, tanto na fase do sono profundo, quando as ondas suaves no EEG induzem o corpo ao descanso liberando hormônios, quanto durante o sono REM, caracterizado por ondas altas no EEG, com o sistema nervoso fortemente ativo, apesar da musculatura estar em repouso. Os circuitos cerebrais do REM acontecem de quatro a seis vezes durante a noite, provocando irregularidade na respiração, aumento dos batimentos cardíacos e da atividade fisiológica -- os homens podem ter ereções. Os sonhos que ocorrem durante a fase REM tendem a ser bizarros e detalhados, carregados de emoção e mais facilmente lembrados do que os que sonhamos no sono profundo. Enquanto dura o REM, ficamos de certa forma paralisados do pescoço para baixo, o que evita e limita a ação física em reação à alucinação dos sonhos.
De acordo com Freud, os sonhos são a liberação de mensagens reprimidas do inconsciente para nos sinalizar sobre os processos internos que estamos guardando dentro de nosso íntimo. Atualmente, os estudiosos dão uma interpretação mais leve, afirmando que os sonhos indicam de fato imagens gravadas na memória, não necessariamente inconscientes ou reprimidas, mas muito mais ligadas à atividade cotidiana e a fatos que armazenamos de forma desconexa. Parece que o sonho tem por finalidade organizar nosso arquivo cerebral, limpar o excesso de informações desnecessárias e ainda ajudar na elaboração das emoções. Portanto, Freud ”ainda explica” quando afirma que certas experiências são tão fortes que não conseguimos elaborar as sensações e as deixamos guardadas no cérebro até o momento em que possam vir à tona. Os sonhos podem trazer alguns sinais dessas memórias.
Para Rosalind Cartwright, Ph.D, grande estudiosa do processo de sonhos em Chicago, eles servem para suavizar as experiências negativas, especialmente os sentimentos depressivos, ajudando a regular o humor. Suas pesquisas evidenciam que os vários episódios de sonhos que temos durante a noite podem ser seqüenciais, levando o cérebro a ir simbolicamente resolvendo ou piorando, passo a passo, a sensação de inquietude, dependendo da possibilidade interna de resolvermos ou digerirmos a questão. Podemos ir dormir apreensivos, nervosos e acordar mais calmos, bem dispostos, ou vice-versa.
Milton Kramer, M.D. professor de Psiquiatria na Universidade de Nova York, ressalta que os sonhos também podem vir de forma repetida, numa tentativa do cérebro de nos livrar da angústia provocada por certa cena que vivemos. O que vai determinar se a seqüência de sonhos será produtiva ou não, mais uma vez está relacionado à capacidade emocional de cada um - e ainda à competência para executar a tarefa necessária para o alívio da sensação. Se a repetição continua sem que se chegue à compreensão, será importante buscar ajuda terapêutica para sair desse impasse paralisante.
Um sono contínuo durante a noite é indispensável para as manifestações da fase REM, quando passamos pelos processos descritos acima, elaborando e digerindo as emoções para melhorar ou não o humor. Os pesadelos ocorrem quando os sonhos se tornam tão angustiantes que falham em bloquear a resposta física de relaxamento do sono eacordamos como uma defesa para a situação que está saindo do controle. Isto significa que a carga emocional está tão alta que o mecanismo de compensação de nosso ego não a está suportando. Se conseguirmos entender o significado do pesadelo, o nível de tensão certamente será reduzido.
Os sonhos variam de pessoa para pessoa e são individualizados, como impressões digitais, reforçando a idéia de que os acontecimentos diários são simbolizados à noite, quando dormimos. Por isso, o significado dos símbolos não pode ser universalizado, já que fatos e objetos têm representação diferente para cada pessoa.
Quando conseguimos entender os significados e percebemos o sentido do que sonhamos, certamente nos beneficiamos. Os sonhos são o teatro das nossas emoções onde representamos nossos dramas diários que são guardados para uma próxima continuação. Seguem uma ordem, refletem aspectos importantes de nossa personalidade. As formas como vivemos e sonhamos são ligadas entre si, revelando escolhas que podem determinar o bem-estar durante o dia. Se estivermos atentos aos nossos desejos e frustrações, vamos dormir e sonhar melhor, conseguindo repor a energia necessária para o desgastante cotidiano.




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