• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Duas sudanesas condenadas a 20 chicotadas por vestirem calças de ganga e não taparem

interstar@

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 26, 2006
Mensagens
3,873
Gostos Recebidos
0
O tribunal sudanês condenou quinta-feira duas mulheres, detidas juntamente com a jornalista Lubna Husein em Julho, a 20 chicotadas cada uma, por vestirem calças de ganga e não cobrirem o cabelo, segundo fontes oficiais.









b5a795a769984e01bebdc6e4ceceb766.jpg
As fontes explicaram que os advogados das duas condenadas recorreram da sentença emitida pelo Tribunal de Kartum Este, que também condenou as mulheres a uma multa de 250 libras sudanesas (66 euros).

Depois da sentença de quinta-feira, Lubna Husein - cujo caso se tornou famoso dentro e fora do Sudão - explicou aos jornalistas que, quando foi detida, estava com outras 12 mulheres, que também foram detidas num café em Kartum.

Dez dessas mulheres foram castigadas com chicotadas no local e as restantes foram levadas a tribunal, afirmou Lubna Husein, que denunciou a "injustiça" das autoridades sudanesas.

Lubna Husein for presa a 07 de Setembro por se ter negado a pagar a multa de 200 dólares (133 euros) por ter usado calças o que é considerado "imoral" pela lei sudanesa.

Um dia depois foi libertada, depois de a Federação de Jornalistas Sudaneses ter pago aquele montante, um gesto com que a jornalista se mostrou em desacordo, uma vez que ninguém lhe pediu permissão para o fazer.

Lubna Husein foi julgada ao abrigo da cláusula 152 de uma norma que estipula que "toda a pessoa que se comporte com conduta imoral ou se apresente em público com um vestuário contrário à decência será castigado com 40 chicotadas e o pagamento de uma multa".

A jornalista trabalhava no gabinete de imprensa da missão das Nações Unidas em Kartum mas decidiu renunciar ao seu emprego e à imunidade de que gozava para enfrentar a Justiça do seu país e conseguir a revogação dessa lei.

lusa
 
Topo