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Equipa portuguesa revela que solo da Antárctida aqueceu nos últimos 10 anos

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Set 26, 2006
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Investigadores portugueses na Antárctida revelam segunda-feira, em Lisboa, os projectos e os resultados da campanha que mantêm em ilhas daquele continente há quase 10 anos, que apontam para um aquecimento acentuado do solo gelado, especialmente durante o Verão.





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Os diversos trabalhos que o Grupo de Investigação em Ambientes Antárcticos e Alterações Climáticas do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (CEG-UL) está a desenvolver na PERMANTAR-2009, que consideram "a maior campanha portuguesa de sempre na Antárctida", serão apresentados segunda-feira, às 18:00, na Reitoria da Universidade de Lisboa, numa sessão aberta ao público.

De acordo com Gonçalo Vieira, que irá apresentar os vários projectos em curso, a equipa portuguesa está na Antárctida há quase 10 anos e ainda não monitorizou séries de temperaturas do solo muito longas, mas os dados que possui "mostram uma tendência para o solo estar a aquecer também, da mesma forma que se tem verificado para as temperaturas do ar".

Gonçalo Vieira destaca que quando se fala em alterações climáticas, isso não significa que a terra esteja toda a aquecer da mesma maneira. "Há sectores onde o aquecimento é mais acentuado", explica.

Os dados da monitorização que o grupo português desenvolve têm apenas significado para a região em estudo, mas segundo o coordenador da expedição portuguesa, demonstram um aquecimento muito acentuado do solo gelado.

"O que verificamos é que aquilo que se faz notar nos glaciares, onde a fusão é uma fusão muito acentuada, também parece ocorrer ao nível do solo gelado, em particular em relação aos Verões, onde a tendência parece ser, de facto, para haver um maior aquecimento", destaca.

Na sessão, de entrada livre, será mostrado o documentário de 16 minutos "Permafrost! Ciência polar a 62 Sul", sobre as actividades do grupo português na Antárctida e a problemática do solo gelado e das alterações climáticas.

Serão também divulgados aspectos relacionados com a distribuição espacial do solo gelado, "onde existe, por que é que existe nalguns locais e noutros não e as suas características".

Dois alunos de projecto apresentarão ainda trabalhos que efectuaram na Antárctida, antes de um debate aberto ao público. Alexandre Trindade apresentará uma palestra intitulada "Aspectos do regime térmico do solo na área da Base Antárctica Búlgara St. Kliment Ohridski, Ilha Livingston" e Raquel Melo a "Dinâmica geomorfológica actual da ilha Deception. Estudo do sector Cerro Caliente - Crater Lake".

"Pela minha experiência, tenho notado que cada vez mais o cidadão comum se interessa muito por estes temas. O feedback que temos recebido é enorme, pelo que as pessoas estão cada vez mais esclarecidas e preocupadas com a situação", considera Gonçalo Vieira.



Lusa
 
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