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RoterTeufel
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Boticas: Pároco de Covas do Barroso garante que está inocente
“Quero que a juíza devolva as armas”
Quero que a juíza me devolva as armas e não descanso enquanto não o fizer, eu não cometi nenhum crime. Só uma delas é que não estava legal, era a arma que herdei do meu pai e que tem um grande valor para mim”. Fernando Guerra, padre de Covas do Barroso, Boticas, não esconde a indignação por ter sido detido pela GNR por posse de armas ilegais.
Visivelmente revoltado, o padre garantiu ontem ao CM estar inocente. “Tinha seis armas em casa. Em 2006 levei a pistola que faltava legalizar à polícia e eles disseram que depois me contactavam. Nunca mais o fizeram e agora deu nisto”, lamenta. Fernando não esconde, no entanto, a admiração pelo alarido causado em volta do assunto. “Não percebo qual é o problema de eu ter armas, a lei é igual para todos. Tenho a certeza que poucas são as pessoas que não têm uma pistola em casa”, diz o pároco.
Fernando Guerra adianta ainda ao CM que grande parte do armamento que guardava em casa servia para caçar. “Sou caçador há muitos anos, grande parte do material que tenho é para uso na caça. Acho que isso não é ilegal, ou é?”
Quando questionado sobre as milhares de munições encontradas na sua habitação, Fernando só diz que “para se ter armas tem que se ter balas” e que nunca usou “as pistolas para fazer mal a ninguém”.
Apesar de garantir ter sido bem tratado pela GNR, Fernando sente-se indignado por ter sido preso na sacristia. “Estava a trocar de roupa e eles entraram por lá adentro. As pessoas que estavam na igreja ficaram assustadas quando viram a polícia. Sou um padre, não um criminoso. Não havia necessidade nenhuma de fazerem as coisas desta forma, eu não ia fugir à polícia. Podiam ter sido mais discretos”, disse o pároco.
O padre diz-se ainda bastante magoado com tudo o que foi dito pelos populares nos últimos dias. “Sou um ser humano e também sinto a injustiça. Sei que muita gente disse mal de mim. Não mereço certas coisas que me têm feito”, lamenta o padre.
Certo é que se em Covas do Barroso há quem esteja contra o padre, também há muitos que estão a favor. Ontem de manhã, Fernando celebrou a primeira missa depois da detenção, onde compareceram dezenas de pessoas. “Veio muita gente e estavam todos contentes por eu ter voltado”, garantiu o pároco Fernando Guerra.
PORMENORES
APOIO DO BISPO
O bispo de Vila Real tem demonstrado nos últimos dias o seu apoio a Fernando e diz que este é que tem que resolver os problemas com a população.
NERVOSISMO
O padre admitiu ao CM ter ficado bastante nervoso quando viu a polícia a entrar em sua casa. "Não foi por medo, mas é estranho ver tantos militares à porta", explicou.
RECEBIDO PELOS POPULARES
Fernando foi interrogado durante todo o dia de anteontem em tribunal, juntamente com os outros dois arguidos. E à saída dezenas de populares esperavam o padre, afirmando que este não tinha feito nada de mal. " Ele não fez nada de mais. Poucas são as pessoas em Boticas que não têm armas. Temos que ter pistolas em casa para nos defendermos", dizia um popular.
Ontem, Fernando Guerra revelou ter ficado muito emocionado com a recepção que obteve no dia anterior: "Fiquei emocionado por ver ali aquelas pessoas, queriam todas dar-me boleia para casa", explicou. O padre garante agora que só quer seguir com a sua vida e que não tem medo de represálias.
"Vou enfrentar isto. Não tenho medo das represálias do povo, até porque tenho a consciência tranquila", assegura o pároco.
Fonte Correio da Manhã
“Quero que a juíza devolva as armas”
Quero que a juíza me devolva as armas e não descanso enquanto não o fizer, eu não cometi nenhum crime. Só uma delas é que não estava legal, era a arma que herdei do meu pai e que tem um grande valor para mim”. Fernando Guerra, padre de Covas do Barroso, Boticas, não esconde a indignação por ter sido detido pela GNR por posse de armas ilegais.
Visivelmente revoltado, o padre garantiu ontem ao CM estar inocente. “Tinha seis armas em casa. Em 2006 levei a pistola que faltava legalizar à polícia e eles disseram que depois me contactavam. Nunca mais o fizeram e agora deu nisto”, lamenta. Fernando não esconde, no entanto, a admiração pelo alarido causado em volta do assunto. “Não percebo qual é o problema de eu ter armas, a lei é igual para todos. Tenho a certeza que poucas são as pessoas que não têm uma pistola em casa”, diz o pároco.
Fernando Guerra adianta ainda ao CM que grande parte do armamento que guardava em casa servia para caçar. “Sou caçador há muitos anos, grande parte do material que tenho é para uso na caça. Acho que isso não é ilegal, ou é?”
Quando questionado sobre as milhares de munições encontradas na sua habitação, Fernando só diz que “para se ter armas tem que se ter balas” e que nunca usou “as pistolas para fazer mal a ninguém”.
Apesar de garantir ter sido bem tratado pela GNR, Fernando sente-se indignado por ter sido preso na sacristia. “Estava a trocar de roupa e eles entraram por lá adentro. As pessoas que estavam na igreja ficaram assustadas quando viram a polícia. Sou um padre, não um criminoso. Não havia necessidade nenhuma de fazerem as coisas desta forma, eu não ia fugir à polícia. Podiam ter sido mais discretos”, disse o pároco.
O padre diz-se ainda bastante magoado com tudo o que foi dito pelos populares nos últimos dias. “Sou um ser humano e também sinto a injustiça. Sei que muita gente disse mal de mim. Não mereço certas coisas que me têm feito”, lamenta o padre.
Certo é que se em Covas do Barroso há quem esteja contra o padre, também há muitos que estão a favor. Ontem de manhã, Fernando celebrou a primeira missa depois da detenção, onde compareceram dezenas de pessoas. “Veio muita gente e estavam todos contentes por eu ter voltado”, garantiu o pároco Fernando Guerra.
PORMENORES
APOIO DO BISPO
O bispo de Vila Real tem demonstrado nos últimos dias o seu apoio a Fernando e diz que este é que tem que resolver os problemas com a população.
NERVOSISMO
O padre admitiu ao CM ter ficado bastante nervoso quando viu a polícia a entrar em sua casa. "Não foi por medo, mas é estranho ver tantos militares à porta", explicou.
RECEBIDO PELOS POPULARES
Fernando foi interrogado durante todo o dia de anteontem em tribunal, juntamente com os outros dois arguidos. E à saída dezenas de populares esperavam o padre, afirmando que este não tinha feito nada de mal. " Ele não fez nada de mais. Poucas são as pessoas em Boticas que não têm armas. Temos que ter pistolas em casa para nos defendermos", dizia um popular.
Ontem, Fernando Guerra revelou ter ficado muito emocionado com a recepção que obteve no dia anterior: "Fiquei emocionado por ver ali aquelas pessoas, queriam todas dar-me boleia para casa", explicou. O padre garante agora que só quer seguir com a sua vida e que não tem medo de represálias.
"Vou enfrentar isto. Não tenho medo das represálias do povo, até porque tenho a consciência tranquila", assegura o pároco.
Fonte Correio da Manhã