• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Halitose ou mau hálito

estela

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
1,669
Gostos Recebidos
0
halitose.jpg



A halitose, vulgarmente conhecida como mau hálito, é uma patologia que, até há pouco tempo atrás, era responsável pela frustração de pacientes e profissionais de saúde devido, sobretudo, à escassez de recursos tecnológicos especializados. Na última década, em virtude dos avanços da tecnologia e das descobertas pela comunidade científica internacional, o diagnóstico e o tratamento da halitose tem evoluído de forma notória.
No Centro de Investigação do Hálito (CIH) o rigor científico é fulcral na instituição de tratamentos bem sucedidos, de forma a corresponder às elevadas expectativas dos pacientes. Após a confirmação do diagnóstico e da identificação das causas da halitose, o paciente é conduzido ao especialista que intervirá na origem do problema, seja este do foro da Estomatologia e Medicina Dentária, Otorrinolaringologia, Gastrenterologia, Imuno-alergologia, Medicina Interna, Psicologia, Nutrição. A integração de diferentes especialidades médicas constitui um factor diferencial determinante para o sucesso do tratamento.
Actualmente, reconhece-se que a halitose pode ser um sinal ou sintoma de uma doença sistémica. Encontram-se identificadas mais de 50 causas para a alteração do hálito. Todavia, perduram certos mitos e preconceitos sobre a origem da halitose, como por exemplo: origem gástrica ou higiene oral deficiente como factores etiológicos universais.
Um dos principais problemas associados aos portadores de halitose é a diminuição da sua percepção, pois as células olfactivas rapidamente se adaptam a odores repetidos. Ora, o mesmo não se sucede àqueles que rodeiam os pacientes com esta patologia.
O uso de produtos disponíveis no mercado pode atenuar a halitose, mas não a resolve de forma eficaz e sem recidivas. Daí que seja fundamental o acompanhamento médico de pacientes com halitose por parte de especialistas que possuem os meios tecnológicos mais avançados para a identificação causal e para a elaboração de um tratamento realmente eficaz.




continua
 

estela

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
1,669
Gostos Recebidos
0
O que é a halitose?



O termo halitose deriva do latim. A palavra halitos significa “ar expirado” e o sufixo osis traduz uma alteração patológica. A halitose consiste numa condição anormal do hálito, no qual este se altera de forma desagradável quer para o paciente quer para as pessoas com as quais se relaciona. A halitose não é necessariamente uma doença mas um sinal indicativo de desequilíbrio fisiopatológico.
O tratamento da halitose contribui para a prevenção de problemas da cavidade oral (cárie, doença periodontal, xerostomia) bem como de doenças sistémicas (pneumonias, gastrite, enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral, nascimento de prematuros).
Os odores bucais tornam-se, inclusivamente, de suma importância na suspeita e no diagnóstico de algumas doenças sistémicas, para as quais o odor é característico. Nestas situações, o diagnóstico e o tratamento da doença sistémica causal cursam com a eliminação da halitose.
Howe descreveu que “o mau hálito tem a sua importância pelo facto de que é uma constante fonte de miséria para os seus portadores; por força das circunstâncias, eles costumam sentir-se azarados”. Na sua forma mais acentuada, a halitose interfere negativamente no relacionamento interpessoal. A harmonia familiar pode ser quebrada pela sensação de repugnância que gera mesmo nas pessoas mais tolerantes. Além disso, nem sempre o paciente se apercebe da sua patologia. Infelizmente, os amigos e parentes não têm, muitas vezes, coragem de revelar a razão do isolamento dos portadores de halitose severa.
O odor é produzido por pequenas partículas dispersas no ar capazes de imprimir a sensação olfactiva nas células receptoras da cavidade nasal. Estas partículas são conhecidas como odorivectores. Possuem composição e estrutura físico-química variáveis, e apresentam duas propriedades importantes: volatilidade e solubilidade em gorduras. A volatilidade traduz a possibilidade de dispersão no ar, enquanto a solubilidade em gorduras deve-se à alta percentagem de gorduras nas membranas das células receptoras.
Três tipos de odorivectores podem provocar halitose:

a) Compostos sulfurados voláteis. Existem em grande quantidade nos casos de doença periodontal e saburra lingual (ex: sulfidreto SH2, metilmercaptana CH3SH e dimetilsulfeto CH3-S-CH3).

b) Compostos orgânicos voláteis originados da putrefacção da matéria orgânica (ex: indol, escatol, putrescina, cadaverina, metano).
c) Compostos orgânicos voláteis de origem metabólica ou sistémica oriundos da circulação sanguínea (originados do próprio metabolismo), com proveniência de alimentos ingeridos ou medicamentos utilizados (ex: ácido beta-hidroxidobutírico, acetona).
Através do uso do cromatógrafo gasoso Oralchroma® é possível diagnosticar a halitose, quantificar a maior parte dos compostos acima descritos e, deste modo, estabelecer uma relação causal.




continua
 

estela

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
1,669
Gostos Recebidos
0
1228234632062halitose.jpg



A consulta do hálito


A consulta do hálito é composta por três fases:
- na primeira fase o médico investiga o diagnóstico etiológico;
- na segunda fase institui a terapêutica específica;
- na terceira fase, planifica as medidas dirigidas à manutenção dos resultados obtidos.

Nalguns casos raros, pode-se efectivamente não se confirmar a halitose. O paciente tem a percepção do mau hálito mas os resultados negativos em todas as medições efectuadas excluem o diagnóstico. Trata-se de uma alteração da percepção do odor de origem neuro-psíquica, cujo tratamento pode requerer o recurso a técnicas de psicoterapia

Oralchroma (halimetria)


Sialometria


Teste BANA


pHmetria da língua
A primeira fase geralmente compreende uma ou duas consultas onde o médico elabora a história clínica do paciente e de forma individualizada pode solicitar diferentes exames auxiliares de diagnóstico, nomeadamente:
- Exame da halimetria com Oralchroma® para estudo computorizado do hálito.
- Sialometria (estudo da função das glândulas salivares em repouso, com um estímulo mecânico e eventualmente com um estímulo farmacológico)
- Teste bioquímico BANA®, identificativo da presença de bactérias associadas à doença periodontal (Bacteroides forsythus, Treponema denticola e Porphyromonas gingivalis) e à produção de diversos odorivectores causadores de halitose.
- PHmetria da língua,
- Teste colorimétrico Halitox®
- Teste genético de susceptibilidade da doença periodontal.
- Outros exames (hemograma, glicemia de jejum, ureia, creatinina, ácido úrico, perfil lipídico, urina tipo II, proteína C reactiva, teste do desafio da colina, teste da ureia, teste do permanganato, anticorpos anti- nucleares, prova do látex, Waller Rose, sialografia das glândulas salivares, biopsia do lábio, etc…).

A segunda fase inicia-se com a instituição da terapêutica adequada às causas individuais apuradas na primeira fase. Esta fase é caracterizada pela prescrição de medicamentos, orientações individuais de higiene e alimentação, sessões de profilaxia e higiene oral e nasal, intervenções terapêuticas médicas e cirúrgicas eventualmente necessárias, acompanhamento com recurso a novos exames auxiliares de diagnóstico com o fim de confirmar evolução positiva, instrução ao paciente dos factores condicionantes da sua halitose, entre outros. Esta fase compreende geralmente uma consulta por mês durante um período de quatro a seis meses.

A 3ª fase é variável, podendo até não existir, dependendo da necessidade ou não de realizar consultas de controlo ao longo da vida.



continua
 

estela

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
1,669
Gostos Recebidos
0
O tratamento do hálito


mau-halito-1.jpg



Existem 3 tipos ou filosofias de tratamento para o hálito. Os dois últimos (profilático e curativo) são os preferidos pelo CIH, pela sua maior eficácia. Os 3 tipos de tratamento são o mascarador, o profilático (preventivo) e o curativo:
- Tratamento mascarador. Este é o tipo de tratamento que em geral o paciente já utilizou e utiliza (porque é relativamente intuitivo) sem grande sucesso. O hálito incómodo leva estas pessoas a lançarem mão de todos as formas para mascarar o hálito que exalam, nomeadamente desodorizantes orais, pastilhas elásticas com odor forte (ex: menta ou canela), sprays orais, elixires e anti-sépticos vários, alcaçuz, etc… O que sucede, em última análise, é a anulação do mau cheiro por um outro cheiro que se vem a sobrepor, mais forte e agradável, mascarando o odor original por poucas horas. Esta preocupação torna-se, em algumas pessoas, uma prática diária e continuada, passando com o tempo a ser quase um vício.

- Tratamento profilático (preventivo). Compreende todas as medidas que uma pessoa pode tomar para prevenir o aparecimento de mau hálito (quando ainda não o tem). Nomeadamente, compreende medidas de higiene oral (ex: escovagem da língua), dietéticas (ex: evitar a ingestão de alimentos com odor forte) e medicamentosas (ex: uso de bochechos frequentes com água oxigenada). Existem inúmeras medidas que podem ser tomadas que baixam de forma significativa a probabilidade de vir a sofrer de halitose.

- Tratamento curativo. Neste caso é fundamental em primeiro lugar um diagnóstico preciso sobre a origem ou causa do mau hálito afim de se poder eliminar as causas locais para depois se chegar à suspeita e à solução de possíveis causas sistémicas. Isto porque a halitose poderá ser devida a um número diferente de razões concominantes.
A remissão da halitose dar-se-á pela cura da afecção que determina a produção de gases voláteis causadores do mau cheiro. Sendo a halitose um efeito, somente desaparecerá depois de eliminada a respectiva causa. Contudo, em certas situações, a causa não pode ser removida prontamente ou é irremovível (ex: halitose por neoplasia), nestes casos, lança-se mão de outros meios de combate à halitose.
É impossível realizar um tratamento com sucesso sem um bom diagnóstico e para um bom diagnóstico torna-se necessário ter tecnologia de ponta como o Oralchroma, testes BANA e recurso a outros exames quando necessário.





In:CIH
 
Topo