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Cascais: Alfredo Coelho é filho de coronel e estudou no Colégio Militar
“Dei-lhes uma carga de porrada e matei-os”
Alfredo Soares Coelho, para muitos simplesmente ‘Rambo’, de 30 anos, responsável pela morte à facada, anteontem em Cascais, de dois irmãos jardineiros (de 55 e 51 anos), gabou-se do facto à juíza que o ouviu ontem durante uma hora. "Antes de os matar dei--lhes uma carga de porrada. Mas matei-os para salvar a minha própria vida, pois fui ameaçado", contou em tribunal, apurou o CM.
Filho de um coronel do Exército, com o mesmo nome, Alfredo relatou à juíza alegados episódios que se terão passado anteriormente. "Ameaçaram matar-me com uma motosserra e chegaram a rapar-me o cabelo", relatou. Ouvido durante uma hora, a juíza ordenou que Alfredo recolhesse ao Hospital-Prisão de Caxias, para ser submetido a uma avaliação psiquiátrica.
Devido à formação militar, o pai de Alfredo e a mãe, Maria del Pilar Martins, decidiram colocar o filho no Colégio Militar, onde estudou dos nove aos 14 anos. Acabou por sair da instituição por chumbar no 8º ano e os problemas psiquiátricos começaram a manifestar-se. Esteve internado com um esgotamento no Hospital São Francisco Xavier e numa clínica. Os pais divorciaram-se há vários anos e, nos últimos dois anos, Alfredo vivia numa rulote numa sucata de Cascais, onde acabou detido.
"Ele chegou aqui com sangue nos braços e pensámos que tinha partido mais um carro, pois era hábito", disse um vizinho. "Nunca o vi fazer mal a ninguém. Falava sozinho, rezava, mas nunca o vi fazer mal às pessoas", concluiu, pedindo o anonimato.
PORMENORES
EXAMES
Assim que a avaliação psiquiátrica em Caxias estiver concluída, a juíza encarregue do caso vai analisar o relatório, para determinar a medida de coacção.
INIMPUTÁVEL
Alfredo foi defendido em tribunal por duas advogadas. Foram estas que solicitaram a avaliação psiquiátrica para, ao que tudo indica, pedir a inimputabilidade de Alfredo.
EMPREGO
Alfredo disse em tribunal ter tentado arranjar emprego nos últimos tempos, mas nunca teve sucesso por causa do seu historial psiquiátrico.
Fonte Correio da Manhã
“Dei-lhes uma carga de porrada e matei-os”
Alfredo Soares Coelho, para muitos simplesmente ‘Rambo’, de 30 anos, responsável pela morte à facada, anteontem em Cascais, de dois irmãos jardineiros (de 55 e 51 anos), gabou-se do facto à juíza que o ouviu ontem durante uma hora. "Antes de os matar dei--lhes uma carga de porrada. Mas matei-os para salvar a minha própria vida, pois fui ameaçado", contou em tribunal, apurou o CM.
Filho de um coronel do Exército, com o mesmo nome, Alfredo relatou à juíza alegados episódios que se terão passado anteriormente. "Ameaçaram matar-me com uma motosserra e chegaram a rapar-me o cabelo", relatou. Ouvido durante uma hora, a juíza ordenou que Alfredo recolhesse ao Hospital-Prisão de Caxias, para ser submetido a uma avaliação psiquiátrica.
Devido à formação militar, o pai de Alfredo e a mãe, Maria del Pilar Martins, decidiram colocar o filho no Colégio Militar, onde estudou dos nove aos 14 anos. Acabou por sair da instituição por chumbar no 8º ano e os problemas psiquiátricos começaram a manifestar-se. Esteve internado com um esgotamento no Hospital São Francisco Xavier e numa clínica. Os pais divorciaram-se há vários anos e, nos últimos dois anos, Alfredo vivia numa rulote numa sucata de Cascais, onde acabou detido.
"Ele chegou aqui com sangue nos braços e pensámos que tinha partido mais um carro, pois era hábito", disse um vizinho. "Nunca o vi fazer mal a ninguém. Falava sozinho, rezava, mas nunca o vi fazer mal às pessoas", concluiu, pedindo o anonimato.
PORMENORES
EXAMES
Assim que a avaliação psiquiátrica em Caxias estiver concluída, a juíza encarregue do caso vai analisar o relatório, para determinar a medida de coacção.
INIMPUTÁVEL
Alfredo foi defendido em tribunal por duas advogadas. Foram estas que solicitaram a avaliação psiquiátrica para, ao que tudo indica, pedir a inimputabilidade de Alfredo.
EMPREGO
Alfredo disse em tribunal ter tentado arranjar emprego nos últimos tempos, mas nunca teve sucesso por causa do seu historial psiquiátrico.
Fonte Correio da Manhã