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População luta pela devolução de menores

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RoterTeufel

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Salvaterra de Magos: Técnica da Segurança Social visada nos protestos
População luta pela devolução de menores


Marília Batista, a quem a Segurança Social de Salvaterra de Magos retirou três filhos por falta de condições de habitabilidade da casa onde residiam, está apostada em reaver as crianças e conta com o apoio da população. Na noite de sexta-feira, mais de 300 pessoas participaram numa vigília para reclamar a devolução dos menores.

"Ter os meus filhos de volta era a melhor prenda de Natal que me podiam dar", disse Marília ao CM, insurgindo-se contra as avaliações feitas pela assistente social que continuam a impedir o regresso das crianças a casa. Logo após Tatiana, Filipe e Soraia, de 11, 8 e 3 anos, terem sido retirados à família, em Junho de 2008, a Associação Shorinji Kempo de Salvaterra mobilizou-se para recuperar a habitação. Durante um ano, todos os fins--de-semana, mais de 50 voluntários, com materiais de construção oferecidos por empresas da zona, transformaram-na numa casa com 5 assoalhadas, com mobílias novas, e o indispensável para o regresso das crianças.

A revolta estalou quando se tornou conhecido o último relatório da técnica da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, entregue já depois de o Tribunal de Família e Menores de Vila Franca de Xira se ter pronunciado pela entrega dos menores. A técnica sustentou que a "casa tem falta de higiene" e que Marília desestabiliza as crianças "com promessas infundadas do regresso num futuro próximo", e a juíza voltou atrás. "Toda a avaliação que ela faz está errada, mas infelizmente é isso que tem contado", lamentou Jorge Monteiro, um dos promotores da vigília.

"O QUE ESTÁ NOS RELATÓRIOS É MENTIRA"

"Tudo o que está nos relatóriosé mentira", garante Marília Batista, que se sente vítima de uma vingança pessoal por ter exposto o caso publicamente. A mãe e a sua advogada já pediram uma nova avaliação às condições de habitabilidade, mas a próxima audiência só está marcada para Março de 2010. "Só eu é que sei o que custa ver os meus filhos a chorarem sempre que se despedem de mim", desabafa Marília. "Sinto-me revoltada porque sou mãe e porque essa senhora [técnica] também me fez a vida negra quando um filho meu deixou de ir à escola por ter uma depressão. Não acreditou que o miúdo estava doente e entregou o processo no Tribunal de Família e Menores", adianta Leonor Cordeiro, uma das participantes da vigília em frenteà Segurança Social de Salvaterra.

CASO SEMELHANTE EM AGOSTO

"Estou aqui em nome dos filhos da Marília e dos meus. Estou a sofrer pelo mesmo motivo", disse Ana Maria Rainho, que a 17 de Agosto foi notícia no CM quando a Segurança Social lhe retirou quatro crianças menores. O processo, com contornos semelhantes, foi conduzido pela mesma técnica. "A Marília merece todo este apoio porque não é justo andarem a brincar com os sentimentos dela e das crianças." Adelina Lamarosa, de Salvaterra de Magos, manifestou opinião idêntica. "Vim para apoiar a mãe das crianças, porque não compreendo a razão de não lhe entregarem os filhos quando a casa está nova e completamente arranjada. A senhora que toma as decisões tem de ser afastada do caso, até porque há situações bem mais graves em que ela não intervém", afirmou. Contactada pelo CM, a presidente do Centro Distrital de Segurança Social de Santarém, Anabela Rato,recusou prestar quaisquer declarações sobre o assunto.

PORMENORES

ASSINATURAS

Durante a vigília, 262 pessoas assinaram um documento em que se pede ao tribunal que reveja o processo e que devolva as crianças à mãe.

ACOLHIMENTO

Os três menores estão no Centro de Acolhimento Temporário da Praia do Ribatejo, concelho de V. N. Barquinha, a mais de 70 quilómetros dos Foros de Salvaterra.

SOLIDARIEDADE

Além dos voluntários da Associação Shorinji Kempo, a recuperação da casa contou com a ajuda de populações vizinhas.


Fonte Correio da Manhã
 
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