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Idoso morre em incêndio urbano

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RoterTeufel

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Faro: Vítima de 72 anos não sobreviveu ao muito fumo que inalou
Idoso morre em incêndio urbano


Um homem morreu, anteontem à noite, num incêndio num quarto da sua residência, onde morava sozinho, um rés-do-chão de um prédio de cinco andares na praceta Assis Esperança, em Faro.

Mário Jorge terá morrido na cama, intoxicado pelo fumo do fogo que destruiu uma mesa de cabeceira. A pronta intervenção dos bombeiros municipais, cujo quartel se situa a cem metros, evitou o alastramento das chamas às outras dependências da casa e ao resto do prédio.

"Eram 23h30 quando o meu vizinho do 4º andar, bombeiro de profissão, bateu à minha porta dizendo-me que estava a sair muito fumo da casa do Marinho", contou ao CM Maria Custódia, que habita o rés-do-chão direito.

Maria Custódia, que tinha a chave da casa do Marinho para poder ajudá-lo quando estava doente, deu acesso ao vizinho bombeiro, que já nada pôde fazer.

"Tentou entrar para salvá-lo. Ainda embrulhou a cara numa toalha molhada, mas já não conseguiu entrar, dada a quantidade de fumo existente", conta a vizinha.

Quando os bombeiros chegaram rapidamente apagaram as chamas da mesa de cabeceira, que ardeu totalmente, mas a vítima, deitada na cama, já estava morta devido ao muito fumo inalado.

A Polícia Judiciária esteve ontem no local a efectuar perícias. O CM sabe que há duas hipóteses para as causas do sinistro. Ou Marinho, fumador inveterado, deixou um cigarro aceso na mesa de cabeceira, ou houve um curto-circuito num pequeno transístor encontrado carbonizado junto à cama.

UMA FIGURA CARISMÁTICA DE FARO

Mário Jorge Rosa da Silva, de 72 anos, o Marinho, era uma figura muito conhecida na capital algarvia por ter sido vendedor ambulante, principalmente à porta do mercado municipal e do estádio de S. Luís em dias de jogos. O seu carrinho improvisado, onde transportava ervilhanas, fez parte do imaginário de muita gente, durante vários anos, na capital algarvia.

Viúvo há cerca de dez anos, Marinho estava reformado e com graves problemas de saúde.

"Ultimamente, praticamente não saía de casa", afirmou ao CM Anabela Contreiras, filha de Maria Custódia, que habita o rés-do--chão contíguo.

"As refeições eram-lhe fornecidas por funcionários do MAPS -Movimento de Apoio à Problemática da Sida - que se deslocavam, diariamente, a sua casa", explicou Anabela Contreiras, que só lhe conhecia um vício. "Não dispensava o cigarrito, que afinal lhe terá sido fatal", reconheceu Anabela.


Fonte Correio da Manhã
 
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