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SMS “coisa bruta” dá mote para matar

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RoterTeufel

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Lisboa: Julgamento de invasão e homicídio em Colégio da Casa Pia
SMS “coisa bruta” dá mote para matar


Pouco passava das 11h00 quando os quinze jovens receberam a frase “coisa bruta” no ecrã do telemóvel. E o autor do SMS era Hélio, explicando que havia sido espancado e que precisava de que os amigos o fossem buscar “em segurança” ao colégio Casa Pia. Os quinze juntaram-se pouco depois no Casal da Mira, Amadora, onde vive a maior parte, apanharam o autocarro em direcção ao colégio de Pina Manique, Belém, Lisboa.

Estávamos no dia 12 de Dezembro do ano passado. Pelas 13h30, a confusão instalava-se com a invasão dentro do colégio. Eucride Varela, então com 19 anos, foi apanhado num corredor e brutalmente assassinado com uma facada nas costas. Dos 16 arguidos, apenas dois aceitaram ontem falar, durante a primeira sessão do julgamento que começou no Campus da Justiça. Rúben Moreno, que confessou a autoria do homicídio, e Luís Semedo, que participou na rixa.

“Comecei a lutar com o Eucride, empurrei-o e, quando vi que ele vinha directo ao meu pescoço e pôs a mão atrás das costas, julguei que tinha uma arma, tirei a faca e espetei-a nas costas dele. Depois fugi, e quando via a PSP, atirei a arma para debaixo do carro. Estava assustado”, confirmou o homicida.

Rúben apenas comentou o crime com António Semedo, que, recorde-se, foi inicialmente preso pela autoria do crime. O amigo Luís garante, no entanto, que Rúben não estava no grupo que ele viu “a dar socos e pontapés” à vítima. Apenas uma de muitas contradições entre os dois depoimentos, uma vez que Rúben diz que não foi forçada a entrada no colégio, facto desmentido por Luís. “Abanámos os portões e fomos a correr atrás dos agressores do Hélio”, disse. O caso foi resolvido pela Secção de Homicídios da PJ e, enquanto Rúben está acusado de homicídio, os outros 15 respondem por participação em rixa.

PORMENORES

TRIBUNAL

O Ministério Público considerou o depoimento de Rúben como confissão integral e sem reservas, facto não aceite pelo tribunal. A meio dos depoimentos, Rúben foi aconselhado pelo advogado a não prestar mais declarações.

DESOLAÇÃO

Os pais de Eucride Varela não conseguiram controlar as lágrimas durante a sessão do julgamento. "Espero que se faça justiça. O meu filho não era nenhum animal para ser morto daquela maneira." Ontem à noite, houve uma missa em memória de Eucride.

SEGURANÇAS

O advogado do colégio da Casa Pia pediu que os seguranças da escola fossem ouvidos em tribunal, uma vez que não foram arrolados como testemunhas. "Uma grande falha", segundo Reis Nogueira, advogado da família de Eucride.



Fonte Correio da Manhã
 
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