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Fechados na casa de banho

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RoterTeufel

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Odivelas: Proprietário e funcionária de restaurante
Fechados na casa de banho

A porta do restaurante O Forno já estava fechada. Mas, quando a empregada da limpeza saiu para despejar um balde de água foi logo abordada por dois homens. Pouco passava das 22h00 de anteontem e estava prestes a começar mais um assalto violento no Vale do Forno, em Odivelas, que terminou com duas pessoas sequestradas no interior de uma casa de banho. “Perguntaram-lhe se podiam entrar para beber uma cerveja, mas ela disse que não. Já passava da hora”, relata ao CM Augusto Martins, 64 anos, proprietário do estabelecimento.

“Estava sentado numa cadeira e quando olhei já estavam eles a empurrá-la à força cá para dentro. Tinham a arma apontada para a funcionária, mas, quando me viram, apontaram-na para mim”, conta.

“Um deles só gritava: ‘o dinheiro, onde está o dinheiro’, mas o outro disse para ver na caixa registadora. Enquanto um deles abria a caixa, o outro, que tinha a arma apontada para nós, obrigou-nos a ir para a casa de banho”, recorda Augusto Martins.

O comerciante ainda tentou reagir e abrir a porta dos sanitários. “Mas um deles continuava a segurar a porta e, apontando a arma, só perguntou: ‘onde é que queres ir’.”

Quando conseguiram retirar o que queriam da caixa registadora, os dois assaltantes puseram-se em fuga, deixando as duas vítimas ainda na casa de banho. “Abri a porta, sai do restaurante e ainda fui atrás deles. Subiram a rua das Rosas a pé e viraram na segunda à direita. Como sei onde vai dar essa rua, virei na primeira à direita, mas, no final da mesma, já só vi um carro cinzento a arrancar a alta velocidade e de luzes apagadas.”

Ontem, o restaurante O Forno estava novamente aberto, mas o assalto era o assunto dominante. “Estou aqui há 16 anos e nunca tinha passado por uma coisa destas. Não dormi nada pois só me lembrava da arma apontada. A minha empregada, segundo contou o marido, passou a noite toda a tremer”, lamenta Augusto Martins.

PORMENORES

ARMA 'ESQUISITA'

De acordo com Augusto Martins, a arma usada no assalto era "esquisita, parecia uma pressão de ar, mas com o cano afunilado da boca para a culatra, como um arcabuz".

300 EUROS E TELEMÓVEIS

A dupla de assaltantes acabou por escapar com 300 euros retirados da caixa registadora – "o dinheiro de um dia de trabalho" – e dois telemóveis pertença do proprietário.

SEM GORROS NEM LUVAS

Os ladrões actuaram de cara destapada – "só um deles é que tinha um camisolão que tapava a boca" – e não usaram luvas durante o assalto. No entanto, o estabelecimento não tem videovigilância e a PJ, uma vez que mais gente já tinha mexido na caixa, não retirou impressões digitais.

CARRO FOI VISTO ANTES

De acordo com moradores, o carro cinzento usado na fuga – "um Honda Civic" – foi visto horas antes a circular no Vale do Forno, também de luzes apagadas.


Fonte Correio da Manhã
 
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