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Um grupo de cientistas chegou à conclusão que o choro dos bebés contém características da língua nativa dos pais. Os recém-nascidos criam melodias próprias durante o choro e as marcas da linguagem dos pais acontecem ainda durante o período em que estão no útero.
Se pensa que os choros dos bebés são todos iguais, está enganado. Quem é o diz é um grupo de cientistas que apresentou os resultados no jornal Current Biology.
De acordo com os especialistas, desde os primeiros dias de vida que o choro dos recém-nascidos já mostra características da língua dos pais. Por exemplo, os bebés franceses têm tendência para um choro numa melodia em que o volume do som vai crescendo lentamente. Já o choro dos recém-nascidos alemães consiste numa tendência inversa, a melodia com uma queda no volume.
As análises feitas sugerem que os bebés ganham elementos da linguagem ainda no útero, muito antes de virem ao Mundo. Pesquisas mais antigas mostraram que os recém-nascidos preferiam a voz da mãe à das outras pessoas.
No entanto os pesquisadores consideram que as crianças não imitam os sons até muito mais tarde. Apesar de aos três meses conseguirem combinar sons vocálicos que os adultos emitem, esta habilidade depende do controlo vocal. Esta capacidade só não se revela mais cedo devido a questões físicas.
Os cientistas analisaram 60 recém-nascidos saudáveis com três a cinco dias de vida, 30 nasceram em famílias que falam francês e outros 30 em agregados que falavam em alemão.
Francisco Santos Lima