Britney Spears é conhecida por não cantar nos concertos, apontando a preferência pela dança como justificação. Esta escolha da cantora é aceite por quase todas as audiências do mundo, menos os australianos.
Aparentemente o playback da cantora foi tão ostensivo num concerto em Perth, a capital do estado da Austrália Ocidental, que muitos fãs, incluindo políticos e figuras públicas, decidiram abandonar a sala.
Os australianos, que não deixam em mãos alheias os seus créditos como público exigente no que toca a produtos culturais, levaram a questão mais longe e estão a debater publicamente se as promotoras de concertos devem avisar as potenciais audiências de que o artista em causa vai fazer playback durante o espectáculo. Uma das responsáveis políticas do estado de New South Wales - onde se situa Sydney - pretende mesmo legislar a questão e obrigar as promotoras a darem informações desta natureza ao público.
«Os australianos não toleram uma interpretação à la Mickey Mouse [Rato Mickey]», comentou Virginia Judge, citada pelo The Sun.
O entourage de Britney já veio negar o sucedido pela voz de Paul Dainty, o manager da Circus Tour. «Não nos podemos irritar cada vez que alguém critica um concerto. É algo com o qual temos de viver. Mas afirmar que as pessoas saíram da sala é uma completa fabricação. Não percebo porque é que toda a gente ficou tão surpreendida com o playback em certas partes do espectáculo. Está na internet há meses», afirmou Dainty, revelando que Spears está muito afectada pela controvérsia e que agradece a torrente de mensagens de apoio que tem recebido.
Apesar da polémica, Britney ainda tem pela frente 12 concertos na Austrália, todos eles esgotados.
rc