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David Cronenberg explica «o cinema como compreensão da condição humana»

nuno29

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Com a sua obra em retrospectiva na 3ª edição do Estoril Film Festival, David Cronenberg explicou que o seu cinema tem como objecto a compreensão da condição humana - especialmente a sua. O realizador canadiano distanciou-se de géneros aglutinadores ou de categorias condicionantes do seu trabalho assumindo que a intuição é a condutora de uma criação que tem de sentir.

«Tenho o cinema como forma de compreender a condição humana - e em especial a minha condição humana», admitiu Cronenberg esta segunda-feira em conferência de imprensa no Centro de Congressos do Estoril frisando que procura «explorar o ser humano». O discurso cinematográfico do canadiano «não é filosofia académica», é antes «a visão artística da filosofia», pois «o corpo humano é o primeiro factor de existência».

Cronenberg recusa categorizações em géneros, como alguma fase de filmes sobre carros,ou filmes sobre gangsters. Não tenho uma lista de coisas que antecipo; é intuitivo. Não tenho categorias numa lista. Quando li «Cosmopolis» não o categorizei. Li um livro muito bom e vi que pode dar um grande filme», explicou o realizador frisando que «é só intuição». «M. Butterfly não foi antecipado como um filme de Cronenberg», acrescentou o canadiano apontando que «temos de nos sentir a fazer o filme e não é preciso saber porquê».

«De um filme para outro, para mim é igual. Promessas Perigosas ou Spider, criativamente, não são diferentes. Não penso em termos de género», explicou Cronenberg analisando que o género, criativamente, «não é um assunto» e «é mais um assunto do marketing». «Os meus filmes não são para mim filmes americanos considerou o canadiano nascido em Toronto colocando-se «entre a Europa e Hollywood».

iol
 
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