O jornal britânico «The Guardian» foi condenado por um tribunal iraquiano a pagar 58 mil euros ao primeiro-ministro do país, Nuri al-Maliki, por difamção.
Em causa está uma queixa apresentada pelo serviço de inteligência iraquiano que considerou abusiva a afirmação num artigo do jornal, publicado em Abril, que descrevia o chefe de governo iraquiano como crescentemente autocrático.
De acordo com a edição electrónica do jornal, o tribunal ignorou o depoimento de três especialistas do sindicato de jornalistas iraquiano, que afirmaram que a peça jornalística não era insultuosa nem difamatória. O «The Guardian» anunciou, por isso, que vai recorrer da sentença, que o obriga a pagar 58 mil euros a Nuri al-Maliki.
«O primeiro-ministro Maliki está a tentar construir um Iraque novo, livre. A liberdade significa pouco sem a liberdade de expressão - e significa ainda menos se o chefe de Estado tentar usar a lei para punir o criticismo ou a dissidência. Vamos contestar vigorosamente este julgamento», disse Alan Rusbridger, editor do jornal.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Miliband, também se pronunciou sobre o caso, dizendo-se «preocupado». «A liberdade dos media é fundamental em qualquer democracia. Se o caso for a recurso, peço às autoridades iraquianas para assegurarem que os seus tribunais, que são independentes, conduzam o processo de acordo com a constituição iraquiana», disse.
iol
Em causa está uma queixa apresentada pelo serviço de inteligência iraquiano que considerou abusiva a afirmação num artigo do jornal, publicado em Abril, que descrevia o chefe de governo iraquiano como crescentemente autocrático.
De acordo com a edição electrónica do jornal, o tribunal ignorou o depoimento de três especialistas do sindicato de jornalistas iraquiano, que afirmaram que a peça jornalística não era insultuosa nem difamatória. O «The Guardian» anunciou, por isso, que vai recorrer da sentença, que o obriga a pagar 58 mil euros a Nuri al-Maliki.
«O primeiro-ministro Maliki está a tentar construir um Iraque novo, livre. A liberdade significa pouco sem a liberdade de expressão - e significa ainda menos se o chefe de Estado tentar usar a lei para punir o criticismo ou a dissidência. Vamos contestar vigorosamente este julgamento», disse Alan Rusbridger, editor do jornal.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Miliband, também se pronunciou sobre o caso, dizendo-se «preocupado». «A liberdade dos media é fundamental em qualquer democracia. Se o caso for a recurso, peço às autoridades iraquianas para assegurarem que os seus tribunais, que são independentes, conduzam o processo de acordo com a constituição iraquiana», disse.
iol