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«Un Prophète»: uma escola de crime que promete notoriedade

nuno29

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O Estoril Film Festival fará este sábado a antestreia nacional do novo filme de Jacques Audiard, «Un Prophète», um filme que promete notoriedade no cinema europeu dos próximos meses. São duas horas e meia intensas, de cinema forte, numa escola de crime cujo mais recente aluno tem pelo jovem actor Tahar Rahim um desempenho merecedor de atenta observação.

«Um Prophète» é um filme que tem de ser violento para se consumar no espectador e Audiard - que também assinou o argumento (juntamente com Thomas Bidegain; a partir do original de Abdel Raouf Dafri) - faz dos grandes planos um dos seus instrumentos preferenciais para nos colocar frente à realidade violenta que começa com uma vida que também ela (re)começa na prisão.

Mailk El Djebena (Tahar Rahim) é o primeiro a ser colocado dentro dessa realidade cuja crueza nos é introduzida de pormenor em pormenor. É também por aí que o Malik que não tem nada a ver com aquilo vai ter de caminhar sem outras opções quando tudo lhe cai em cima.

O filme de Audiard não traz uma história nova e as conhecidas sentenças sobre provar remédios ou criadores e criaturas pairam no ecrã, mas a actualidade é renovada com as evoluções sociais que já são a realidade em grande parte do mundo e em concreto na sociedade francesa - ao ponto de se imiscuírem no tão particular nacionalismo corso.

«Un Prophète» dá-nos ao lado disto dois desempenhos a reter de duas gerações bastante distantes. O diplomata do crime Malik cumpre muito bem o seu papel - falando de trás para a frente -, assim como o profissional do crime César Luciani cumpre a sua função - falando da frente para trás - do mesmo modo por Niels Arestrup. E são eles que fazem girar aquele mundo.


iol
 
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