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Obama e Medvedev compromentem-se a acordo sobre nuclear até final do ano

nuno29

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Abr 16, 2007
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o seu homólogo russo Dmitri Medvedev reiteraram hoje o compromisso para obter um acordo de desarmamento nuclear antes do final deste ano.

Os dois líderes reuniram-se em Singapura após o encerramento da cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) e analisaram questões como o processo negocial para concretizar este tratado de desarmamento, o programa nuclear iraniano e a guerra no Afeganistão.

Os dois mandatários exprimiram o seu descontentamento pelos fracos progressos nas negociações para persuadir Teerão a pôr termo às ambições nucleares.

Obama advertiu que "o tempo está a esgotar-se" para que Teerão aceite a proposta internacional e que "infelizmente, pelo menos até agora, o Irão foi incapaz de decidir pelo sim".

Por seu turno, Medvedev indicou que "no caso de fracasso das propostas internacionais, há outras opções na mesa para mover o processo noutra direcção", em implícita alusão à eventualidade de sanções mais gravosas contra o Irão.

"O nosso objectivo é claro: um programa nuclear transparente e não algo que cause preocupação ao resto da comunidade internacional", referiu o presidente russo.

As potências internacionais propuseram ao Irão processar o urânio de que esse país necessita para uma exploração nuclear com fins médicos, mas Teerão, que inicialmente se mostrara disposto a aceitar a proposta, tem-se escusado a uma resposta definitiva e pede mais negociações.

No relativo às negociações para o novo tratado de desarmamento nuclear, que substituirá o actual START, que expira em 5 de Dezembro, Obama e Medvédev reiteraram o compromisso de assiná-lo dentro das datas previstas.

O presidente russo, no entanto, assinalou que há questões "técnicas" por resolver.

Na sua reunião de Moscovo em Julho passado, Obama e Medvedev decidiram que o novo tratado, que estará em vigor durante dez anos, reduziria o número de ogivas nucleares de cada país a um número entre 1.500 e 1.675 durante os primeiros sete anos, enquanto que os seus vectores ou projécteis para lançamento seriam reduzidos a um máximo entre 500 e 1.000.

O tratado START, assinado em 1991 e que expira em Dezembro, estabelece o máximo de ogivas nucleares autorizadas em 2.200 e os vectores em 1.600.

Entre os assuntos que continuam em suspenso e por resolver está o processo de verificação de todo esse processo, de acordo com fontes norte-americanas.

Em Outubro passado, o conselheiro de Segurança Nacional, James Jones, deslocou-se a Moscovo para apresentar a última proposta norte-americana.

Qualquer acordo entre as partes requererá, para entrar em vigor, a aprovação do Congresso dos Estados Unidos e da Duma (parlamento) russa, algo que pode demorar meses.

Face à perspectiva do vazio que seria criado entre a caducidade do START e a ratificação do novo acordo, o senador republicano Richard Lugar propôs uma medida temporária: permitir o acesso de inspectores russos às instalações norte-americanas.


SIC
 
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