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O Empate Texas

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Pescar com iscos de vinil em montagens Texas é cada vez mais uma das principais armas do pescador de achigãs.
A história destes iscos remonta a 1949 quando surgiram nos Estados Unidos, produzidas pela marca Creme, King of Baits.

A “invenção” desta amostra veio de tal forma modificar o mercado dos iscos para a pesca do achigã, que deu origem a uma verdadeira revolução na industria dos “artificiais”. Hoje em dia, são centenas ou mesmo milhares as marcas que produzem milhões de modelos, cores, e tamanhos diferentes, tendo como material base o plástico mole, também conhecido por vinil.
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Os anzóis

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Os chamados anzóis de minhoca apresentam um formato especial. A ligação ao fio faz-se por meio de um olhal. Próximo deste, uma curvatura a noventa graus, logo seguida de outra, descentram a longa haste do anzol do olhal de empate. O tamanho do anzol é normalmente bastante grande, devido ao facto da boca do achigã ser também bastante grande. Numa montagem á Texas, os anzóis a utilizar raramente são mais pequenos que o 3/0, tendo como limite o tamanho 5/0.

Os chumbos

O peso que nos permite lançar a montagem e faz parte dela é também específico para as montagens com iscos de vinil.
Trata-se de um chumbo com o formato de uma bala, furado pelo meio. Além de servir de peso de lançamento tem a particularidade de proteger a minhoca.

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Assim, o chumbo minimiza a possibilidade desta se prender pelos locais por onde passa, abrindo caminho ao resto do isco. Os pesos dependem sempre da velocidade de queda que pretendemos, da distância a que queremos lançar, e do vento que se faz sentir.
O tamanho do isco também determina o peso do chumbo a utilizar. Um isco maior necessita de um peso maior para que se mantenha o contacto com o fundo.

Se por outro lado o vento se apresentar mais forte que o aceitável, irá incidir no fio que está fora de água e provocar uma curvatura indesejada. Considerando a necessidade de manter o contacto com o fundo para que seja possível detectar os ataques, será difícil essa percepção se o fio não se mantiver esticado. Esta situação exige que se aumente o peso a utilizar.
Usam-se habitualmente, os pesos de ¼ (7 Gr.), 3/8 (10,5 Gr.), ½ (14 Gr.) na grande maioria das condições de pesca. Pesos superiores ou inferiores, já determinam geralmente técnicas específicas aplicáveis a determinadas circunstâncias.

As cores

As cores são sempre um quebra cabeças nesta pesca.
Embora haja quem afirme que efectivamente os achigãs são pouco motivados pela cor de um determinado isco relativamente a outro de cor diferente mas de forma idêntica, este será sempre um factor tido em conta pelo pescador.
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De forma geral quando o dia ou a água se apresentam escuros, as cores indicadas serão as claras, que originam mais contraste. (Pumpkinseed, Chartreuse, Motor oil, Smoke, Ice, etc..
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O inverso para dias claros, que sugerem amostras de tonalidades mais escuras. Blue, Black, Tequilha, Plum, Junebug.

A montagem
Este empate foi inicialmente desenvolvido no estado norte-americano do Texas, dando assim origem á montagem que hoje é conhecida como o “empate á Texas”.
Para efectuar esta montagem começa-se por introduzir o fio no orifício do chumbo. Por sua vez, no extremo desse fio é empatado o anzol de argola. De seguida, introduz-se o bico do anzol na “cabeça” da minhoca até á curva do mesmo, fazendo-o sair lateralmente. Puxa-se até ao pescoço de cavalo do anzol, girando-o de seguida sobre si mesmo, de forma a que o bico desta vez fique virado para o corpo da amostra e a argola fique tapada. Para terminar, a minhoca deve dobrar-se ligeiramente para que o bico do anzol seja espetado no plástico da amostra e esta se mantenha perfeitamente direita, após a finalização da montagem.

Em acção de pesca
Esta é uma montagem utilizada fundamentalmente em contacto com o fundo. Apesar disso, também pode ser utilizada em copas de arvores submersas ou áreas com vegetação aquática não existindo neste caso contacto com o fundo.
Considerando a forma clássica de pescar á Texas, deve-se deixar o isco chegar ao fundo, podendo até haver necessidade de retirar algum fio do carreto manualmente. Inicia-se então a recuperação com pausas seguidas de toques que consistem em levantar ligeiramente a ponteira da cana e baixando, recolhendo o fio que entretanto ficou bambo. Chama-se vulgarmente a esta acção, subir a escada se pescarmos da margem, ou descer se pescarmos de barco, visto que habitualmente lançamos para a margem. É de fundamental importância que o fio esteja sempre esticado para que o mais pequeno toque no isco nos seja transmitido até à nossa cana.
Quando se detectar um toque deve-se efectuar uma ferragem forte para que o anzol perfure o plástico da minhoca onde está protegido e ferre o peixe. Doutra forma, se a ferragem não for eficaz, o achigã no primeiro salto que executar, irá provavelmente soltar-se...
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Larry Nixon, um pescador profissional de achigãs americano, afirma. ”Não as usem quando os achigãs estão realmente muito activos, pois essa é altura de usar spinnerbaits e crankbaits. Utilizem-nas em qualquer altura do ano, do dia, ou em qualquer condição meteorológica e prepare-se para pescar achigãs.... Habitualmente se não atacarem uma minhoca, não atacarão nenhuma outra amostra”. Estas afirmações, de um dos grandes pescadores de achigãs, reflecte bem quais as capacidades deste isco.

Obviamente, existem condições mais propícias para esta montagem. Por exemplo, sempre que os peixes estejam mais próximos de estruturas fechadas como sejam arvores submersas ou vegetação em que as outras amostras não possam ser utilizadas. Também após a passam de frentes frias em que a actividade decresce significativamente, massas de água com grande pressão de pesca ou locais em que os peixes estejam concentrados junto ao fundo, manifestando pouca actividade.
 
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