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Gripe A:médicos recusam ligar morte do feto à vacina

nuno29

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Os médicos do Hospital CUF Descobertas recusaram, hoje, em conferência de imprensa uma ligação entre a morte do feto e a vacina contra o H1N1. Só a autópsia do feto poderá revelar a causa da morte. Durante a conferência os médicos insistiram na vacinação contra o vírus da gripe A.

O director clínico do Hospital CUF Descobertas garantiu hoje que vai ser feita autópsia ao feto que morreu com 34 semanas depois da mãe - um mulher com 30 anos que se encontra internada na la de ginecologia daquele hospital - ter sido vacinada contra o H1N1. A autópsia poderá ser fundamental para encontrar a causa da morte.

No entanto, os médicos recusam estabelecer uma ligação entre a morte do bebé e a vacina para a gripe A.

Por isso os médicos insistem na vacinação contra o vírus H1N1, conforma aconselha a Organização Mundial de Saúde e a Direcção Geral de Saúde.

O especialista em obstetrícia Luís Graça já tinha garantido que a associação entre a morte do feto e a vacinação contra a gripe A foi "circunstancial", sublinhando que, se a autópsia revelar uma ligação, será o primeiro caso no mundo.

Uma grávida de 34 semanas perdeu o bebé no sábado, três dias depois de ter sido vacinada contra o vírus H1N1, dois factos que os familiares suspeitam que estejam ligados, mas que o hospital diz não ser possível relacionar.

"Esta associação é meramente circunstancial, pelo menos, até que haja uma nova explicação para este caso", disse à agência Lusa o presidente do colégio de especialidade da Ordem dos Médicos de ginecologia e obstetrícia.

O médico adiantou que, caso fosse estabelecida uma ligação, seria o "primeiro caso no mundo".

"Isso é uma situação que não está descrita e, a acontecer neste caso, seria a primeira do mundo", sustentou, comentando que não será "muito lógico" estar a tirar-se essa ilação.

Neste momento, acrescentou, "posso dizer que se esta senhora não tivesse sido vacinada, provavelmente, esta morte fetal perto do termo aconteceria na mesma".

Luís Graça explicou que a morte interina perto do termo é uma situação que acontece, registando mais de 300 casos por ano em Portugal.

Segundo o responsável, são mortes inexplicáveis de fetos normais, que podem ser associadas, "muito indirectamente, à morte súbita do recém-nascido".

Ressalvou ainda que, enquanto não forem revelados os resultados da autópsia não se pode tirar outras ilações, porque o bebé pode ter morrido por uma quantidade de causas relacionadas com malformações da placenta, com circulares do cordão umbilical, entre outras situações que nada tem a ver com o facto de a grávida ter sido vacinada contra a gripe.

O médico sublinhou ainda a segurança da vacinação antigripal nas grávidas: "É mais seguro uma pessoa ter contacto com o vírus da gripe morto do que ter o contacto com o vírus da pandemia".

"O risco é muito maior se uma grávida for infectada com o vírus da gripe", sustentou, lembrando que, apesar de a doença ser benigna a maior parte das vezes, as grávidas têm um risco dez vezes superior de ter uma complicação do que a população em geral.

"A grávida deve ser imunizada sem ter qualquer tipo de receio", reiterou o médico.

Os resultados da autópsia ao feto deverão ser conhecidos "a meio da semana", disse uma fonte oficial do Ministério da Saúde à Lusa.

"A autópsia será feita no hospital Egas Moniz o mais rapidamente possível, mas só hoje saberemos quando ela será feita", disse uma fonte oficial do Ministério da Saúde à Lusa.

DN
 
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