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Portugal mantém vacina com adjuvante para grávidas

nuno29

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Vários países europeus, como o Reino Unido, França ou Espanha, optaram por ministrar às mulheres grávidas a vacina da gripe A H1N1 sem adjuvante, enquanto em Portugal não está prevista a compra desta vacina.

Fonte oficial do Ministério da Saúde disse hoje à agência Lusa que "não está previsto comprar vacinas sem adjuvante".

Em França, as mulheres grávidas serão imunizadas exclusivamente com vacinas sem adjuvantes.

Numa entrevista recente ao Le Figaro, a ministra da saúde francesa, Roselyne Bachelot, disse que "a preferência pelas vacinas sem adjuvante é uma medida de precaução, dado que os estudos em mulheres grávidas não estão concluídos".

"É uma opção muito específica em relação à gravidez, que não coloca de todo em causa a legitimidade das vacinas com adjuvantes para outros grupos e que se explica pela complexidade de efectuar estudos nas mulheres grávidas", explicou ainda a governante.

No Reino Unido, segundo o ministério da Saúde britânico, as grávidas podem escolher entre a vacina com adjuvante, a Pandemrix, e a Celvapan, que não tem adjuvante. No entanto, o conselho das autoridades de saúde às mulheres grávidas é que tomem Pandemrix porque só é necessária uma dose e assim reduz-se o perigo de infecção da gripe entre duas doses, como acontece com a Celvapan, que tem três semanas de intervalo entre as duas doses.

Em Espanha, as grávidas também têm opção de escolha. Uma vacina sem adjuvantes foi autorizada, mas chega aos centros de saúde uns dias depois da Pandemrix, pelo que as mulheres que não quiserem esperar podem ser vacinadas com a vacina com adjuvantes.

Fonte do Ministério da Saúde espanhol explicou à Lusa que a decisão de oferecer a vacina sem adjuvantes não se prende com qualquer preferência de ordem médica, mas deve-se "à larga experiência com o uso da vacina sem adjuvantes para a gripe sazonal".

A mesma fonte admitiu que "não há tantos dados sobre como funcionam as vacinas com adjuvantes para os fetos", mas recordou que a vacina com adjuvantes foi verificada e autorizada pelas autoridades europeias.

Em Portugal, é administrada - incluindo a grávidas - a vacina Pandemrix no combate à gripe A, aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e escolhida pela Agência Europeia do Medicamento para ser usada na União Europeia.

Questionado pela Lusa sobre a alternativa entre a vacina com adjuvante ou a vacina sem adjuvante para as grávidas, o professor da Escola Nacional de Saúde Pública Paulo Moreira defendeu que "não há evidência nesse sentido, há vários estudos a decorrer em toda a Europa".

A Pandemrix não foi aprovada pelos Estados Unidos devido à presença do adjuvante esqualeno na sua composição, que alegadamente poderia causar danos à saúde.

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) já esclareceu que aquele adjuvante tem sido utilizado noutras vacinas sem que tenha sido identificado qualquer risco significativo.

Segundo este organismo, os adjuvantes (também conhecidos como imunomoduladores ou potenciadores da resposta imunitária) são um componente utilizado em vacinas há décadas para melhorar a resposta imunitária aos antigénios presentes.

DN
 
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