• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Metade das 110 mil vacinas está por usar

nuno29

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Abr 16, 2007
Mensagens
16,750
Gostos Recebidos
0
Metade das 110 mil vacinas que já chegaram a Portugal ainda não foi utilizada. Ao contrário de outros países, em que houve uma corrida às vacinas, os portugueses continuam reticentes e apenas 50 mil foram aos centros de saúde para serem imunizados contra ao H1N1, revelou ontem a ministra da Saúde, Ana Jorge.

Este número é muito inferior ao que o Ministério da Saúde esperava, já que tinha previsto usar 54 mil doses logo nas primeiras duas semanas da campanha de vacinação que começou a 26 de Outubro. Mas a adesão foi pouca, tendo sobrado milhares de vacinas, a que se juntaram mais 50 mil doses que entretanto chegaram a Portugal. De fora destas contas fica o pessoal médico e de enfermagem que se vacinou em hospitais. No entanto, a adesão destes profissionais parece estar aquém do desejado.

Para Libério Bonifácio Ribeiro, antigo presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, a falta de adesão à campanha deve-se a "um problema de comunicação". "A mensagem não passou como era preciso", disse ao DN, acrescentando que o Ministério devia ter começado por vacinar as crianças.

A própria ministra Ana Jorge admitiu que "o número esperado [de vacinados] podia ser maior dado que o número de vacinas que já existe é maior", mas garantiu que a adesão tem vindo a aumentar. Aliás, notou-se que a vacinação das crianças veio dinamizar muito a campanha, acrescenta fonte do Ministério.

O infecciologista Fernando Maltez, por seu, justifica a hesitação dos portugueses com a interiorização de ideias erradas sobre a vacina e a falta de "educação para saúde e prevenção"

Entretanto, a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) confirmou ontem que uma dose da vacina Pandemrix, usada em Portugal, é suficiente para proteger jovens a partir dos 10 anos e adultos. Isto significa que os adultos não precisam de ir levar uma segunda dose, como estava previsto, e que Portugal fica com vacinas para seis milhões de pessoas, mais de metade da população.

Com a decisão da EMEA, o ministério pondera ainda alargar a vacinação a jovens adultos, depois dos grupos de risco que já tinham sido identificados, conforme a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, tinha dito ao DN na semana passada.

Mas as vacinas que não servem de muito se os portugueses não aproveitarem a oportunidade o mais rapidamente possível, antes do pico da epidemia, alerta o infecciologista Fernando Maltez.

A EMEA revelou ainda que já foram vacinados cinco milhões de europeus e que está a analisar toda a informação sobre o "número muito reduzido" de casos de síndrome de Guillian-Barré e mortes fetais reportadas depois da imunização. Salienta, no entanto, que a informação disponível aponta para que não haja relação entre estes casos e a vacina.

O mesmo disse Ana Jorge sobre os três casos de morte fetal. "Não há nada que nos faça dizer que há uma relação de causa-efeito, além da relação temporal".

DN
 
Topo