O principal arguido do processo 'Noite Branca' quebrou o silencio e ontem em tribunal afirmou estar inocente e não ter matado ninguém.
O principal arguido do processo "Noite Branca", Bruno Pidá, quebrou ontem o silêncio no julgamento do homicídio de um segurança, em Novembro de 2007, alegando a sua inocência em todos os factos que lhe estão imputados pela acusação e afirmando nunca ter utilizado armas.
"Não cometi nenhum crime, não matei ninguém e não sou nenhum criminoso", começou Bruno Pinto por dizer ao tribunal, a última sessão do julgamento antes das alegações finais já agendadas para dia 04 de Dezembro e a primeira em que os arguidos começaram a prestar declarações.
O arguido implicado no homicídio do segurança Ilídio Correia, juntamente com Mauro Santos, Fernando 'Beckham', Ângelo 'Tiné' e Fábio 'Suca', acrescentou "nunca" ter usado armas, "não" saber usar armas, até porque "nunca" foi à tropa. "Trabalho há 11 anos na vigilância e nunca peguei numa arma", frisou.
Quanto aos vários episódios relatados na acusação que relatam confrontos entre os irmãos Correia e os cinco arguidos - nomeadamente uma troca de tiros na Praça da Ribeira e um tiroteio no Túnel da Ribeira - Pidá afirmou sempre não ter estado presente nesses momentos.
"A única coisa que fiz foi andar à porrada com Natalino (um dos irmãos Correia) e não foi por vontade própria", sublinhou. "Estou a ser julgado pelas testemunhas que são pessoas que me querem mal e fazem mal a tanta gente", disse.
DN