• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Face Oculta: oposição reage à decisão de arquivar escutas a Sócrates

nuno29

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Abr 16, 2007
Mensagens
16,750
Gostos Recebidos
0
O PCP foi o único partido a defender claramente a manutenção de escutas "para processos futuros" e a condenar a sua destruição. BE e CDS-PP não comentam o arquivamento das escutas a Sócrates no âmbito do processo Face Oculta, mas não deixam de lado os alertas e os pedidos de esclarecimentos. Já o PSD afirmou que apenas abordará "questões de Justiça" nas jornadas parlamentares do partido que começam amanhã.

PCP

"Não se trata de procurar saber os seus conteúdos, mas naturalmente procurar manter essas provas para processos futuros e a sua destruição irreversível seria sempre uma perda", afirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, em conferência de imprensa.

O líder do PCP reconheceu não dispor de elementos "para avaliar o acerto da decisão" do Procurador-geral da República, Pinto Monteiro, sobre o arquivamento das últimas cinco conversas entre Armando Vara e o primeiro-ministro, José Sócrates, mas considerou "não haver no quadro legal forma de escrutinar se essa decisão concreta é justa ou injusta".
"Mas, independentemente de todas as questões e interrogações que este caso continua a levantar, em todas as circunstâncias, sejam quais forem as pessoas envolvidas, seria muito grave que quaisquer formalismos legais determinassem a anulação definitiva de matéria de prova indispensável à descoberta de eventuais crimes", observou.

CDS-PP

O deputado do CDS-PP Nuno Magalhães disse que o seu partido tomou "nota do comunicado do PGR".

"Como não conhecemos, nem podemos conhecer, não vamos especular, mas estaremos atentos ao cumprimento do princípio da legalidade, o que implica que em todos os casos - para mais numa situação destas - a justiça actue com isenção", declarou à Agência Lusa o dirigente democrata-cristão.

"Não deixamos de alertar que o que se passou na última semana prejudicou seriamente a imagem dos órgãos de justiça, a credibilidade do segredo de justiça e a percepção da imagem dos cidadãos no sistema judicial. Em caso algum pode haver judicialização da política ou politização da justiça. De momento, é o que nos oferece dizer", afirmou Nuno Magalhães.

BE

Francisco Louçã afirmou que "o BE não tem nada a dizer".

"Não as conhecemos, não as queremos conhecer. Se elas forem relevantes, são relevantes para a Justiça e só podem ser relevantes se tiveram indícios criminais", argumentou, numa referência às escutas ao primeiro-ministro.

"Tudo no resto que tenha a ver com conversas de conteúdo político ou qualquer outro entre pessoas no âmbito privado é irrelevante para a Justiça, portanto não nos interessa", completou.

No entanto, numa intervenção em que a Justiça ocupou um lugar destacado, o dirigente bloquista acrescentou que "o país tem que ter a certeza de que não há, não houve, não terá havido e não pode haver pressões para que, em nome de interesses particulares, se escolhem ou se afastem dirigentes de empresas públicas, como o caso da Refer".

PSD

O presidente do Grupo Parlamentar do PSD afirmou hoje que apenas abordará "questões de Justiça" nas jornadas parlamentares do partido, que se iniciam segunda-feira, em Espinho, ao ser confrontado com a decisão do PGR de arquivar cinco escutas envolvendo o primeiro-ministro.

IOL
 
Topo