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“Apanhei homicidas”

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RoterTeufel

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Lisboa: Pai de jovem abatido a tiro encontrou criminosos escondidos em São Paulo, Brasil
“Apanhei homicidas”


Miguel Cortez tem há oito anos um único propósito de vida. Trazer à Justiça os cinco homens que abateram a tiro Pedro Miguel, o seu filho, morto numa colectividade do Calhariz de Benfica, em Lisboa. A expensas próprias já tinha ido a Espanha localizá-los, denunciando-os às autoridades.

A Justiça portuguesa não assegurou que todos cumprissem pena. Três fugiram para o Brasil e, na quinta-feira à noite, a ajuda de Miguel Cortez voltou a ser fundamental para a localização dos suspeitos, em S. Paulo. "Apanhei os homicidas", resumiu o pai da vítima

O homicídio de Pedro Miguel Cortez ocorreu na noite de 9 de Setembro de 2001. Constâncio da Conceição e os quatro filhos, Daniel, Manuel, Gonçalo e Constâncio, dispararam tiros de revólver e pistola contra a vítima. Os cinco suspeitos fugiram para Espanha. Inconformado, Miguel Cortez vendeu bens pessoais – e correu o país vizinho em busca dos homicidas. Detectou-os a todos, revelando o seu paradeiro à polícia espanhola, que os prendeu e extraditou para Portugal.

Julgados, foram condenados a penas compreendidas entre os 12 e os 17 anos. Uma série de contratempos jurídicos, que passaram pela anulação de julgamentos e libertações por excesso de prisão preventiva, fez com que os cinco homens saíssem em liberdade. Constâncio, o pai, foi assassinado em 2006 numa feira em Cascais. Os quatro filhos acabaram por ver as penas confirmadas pelo Tribunal Constitucional. Mas só Constâncio aceitou ir para a prisão. Daniel, Gonçalo e Manuel fugiram para São Paulo, no Brasil.

Com mandados de captura internacional, a polícia nunca os encontrou: os três foram localizados por Miguel Cortez. Na quinta-feira à noite, a Polícia de São Paulo prendeu Gonçalo e Manuel. Ambos aguardam extradição, enquanto o pai da vítima procura Daniel.

DOCUMENTOS FALSOS ATRASAM EXTRADIÇÃO

Gonçalo e Manuel da Conceição foram detidos na quinta-feira à noite, no centro de São Paulo, Brasil. A polícia local descobriu-os, sem que estes tivessem percebido que andavam há meses a ser investigados. Aliás, nenhum dos dois mantinha as identidades verdadeiros. Arranjaram ambos documentos falsos que faziam deles cidadãos brasileiros, como quaisquer outros. A polícia local prendeu-os ao abrigo do mandado de captura internacional que sobre eles pendia, mas também pelo crime de uso de documento falso. A extradição dos dois homicidas para Portugal vai depender do facto de ambos virem a ser julgados por este último crime, no Brasil. Caso o sejam, e venham a ser condenados, terão de cumprir pena no Brasil e só depois poderão vir para Portugal.

PORMENORES

PEDIDO FORMAL

O Supremo Tribunal brasileiro só autorizou o cumprimento dos mandados de captura dos três fugitivos após um pedido formal da Procuradoria-Geral portuguesa. Cumpridos os formalismos, a ordem foi dada à polícia de São Paulo para as detenções.

SÃO PAULO

Há mais de um ano que Daniel, Manuel e Gonçalo da Conceição viviam tranquilamente no centro de São Paulo, a maior cidade da América do Sul. Com familiares a residir na metrópole brasileira, os três ganhavam a vida como vendedores ambulantes, até serem presos.

MANDADOS

Foi um juiz de uma Vara Criminal do extinto Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa, que passou os mandados de captura internacional para os três fugitivos. A Interpol fez os contactos com as autoridades brasileiras para cumprimento do mesmo.


Fonte Correio da Manhã
 
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