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Maus cheiros de fábrica de cogumelos provocam queixas

joseseg

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Mai 26, 2007
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Habitantes e autarcas de duas localidades do concelho de Vila Flor queixam-se dos maus cheiros lançados pela fábrica de cogumelos Sousacamp, uma situação com que convivem há anos e que a empresa promete resolver dentro de meses.

A Sousacamp, com sede na aldeia de Benlhevai, no concelho transmontano de Vila Flor, é das maiores produtoras nacionais de cogumelos em estufa com cinco unidades espalhadas pelo Norte de Portugal (Benlhevai, Paredes e Vila Real) e Espanha.

Segundo explicou à Lusa o proprietário, Artur de Sousa, na unidade de Benlhevai é produzido o substrato para todas a unidades do grupo.

Este composto orgânico é a origem dos «maus cheiros» de que se queixam os habitantes de Santa Comba da Vilariça.

«Às vezes no Calvário é mesmo um calvário», disse à Lusa José Fernando Teixeira, referindo-se a um dos bairros mais afectados da aldeia pela sua localização mais elevada.

Mas todos cheiram, assegura Duarte Braz, explicando que «a pestilência» só ocorre em determinados períodos, quando é mexido o composto.

Segundo José Fernandes «mesmo na estrada sente-se», referindo-se à nacional 102, que liga Bragança a Torre de Moncorvo e ponto de passagem do trânsito que ruma a sul do país.

Quem vive na zona, dizem, sobretudo no Verão, «não tem outro remédio senão fechar tudo» e «nem nas esplanadas do café se consegue estar».

Ressalvam que «o que vale é não ser contínuo» e a intensidade varia consoante o vento.

Às queixas dos habitantes juntam-se os autarcas como Fernando Brás, presidente da freguesia de Santa Comba da Vilariça, que está «disponível para apoiar as iniciativas que as pessoas entenderem».

O colega de Benlhevai, Álvaro Correia, que há 16 anos preside à junta de freguesia eleito pelo movimento Pelo Povo de Benlhavai, contou à Lusa que logo no primeiro mandato fez diligências sem sucesso sobre este problema.

«Há dias e horas em que o cheiro é insuportável e a nível ambiental começa a ser também insuportável», corrobora.

O primeiro-ministro esteve em Maio na unidade para oficializar o apoio e o empresário garante que José Sócrates «achou o cheiro normal», enquanto que os queixosos estranham que «nesse dia não tenha cheirado».

Parte do investimento destina-se a aumentar de seis para 28 os túneis de produção de substrato com a «melhoria do qualidade da matéria e do ar», garantiu o empresário.

Segundo Artur de Sousa, a empresa vai «instalar um sistema de bombagem de ar que irá melhorar a situação», garantindo que «dentro de cinco meses, o problema deverá estar resolvido».

Diário Digital / Lusa
 
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