Cimeira de Copenhaga para Ambiente

O Dalai Lama exortou hoje os líderes mundiais a darem prioridade máxima à luta contra o aquecimento global e mostrou-se optimista quanto aos resultados da cimeira sobre alterações climáticas que começa na próxima semana em Copenhaga.

O prémio Nobel da Paz, que se encontra na Austrália para dar uma série de conferências sobre ambiente, pediu aos políticos que procurem soluções e afirmou que «o aquecimento global deverá ser a preocupação número um, à frente dos interesses nacionais e económicos».
O Dalai Lama preferiu não fazer previsões sobre os resultados da Cimeira de Copenhaga, mas considerou «animador» o próprio facto de se realizar. Diário Digital / Lusa

Ainda é possível alcançar um acordo político entre os países que se reúnem na Conferência do Clima, em Copenhaga, que acontece entre 7 e 18 de Dezembro, disse à Agência Lusa a secretária brasileira de Mudanças Climáticas, Suzana Kahn.

"Estamos a apostar que se tenha um acordo forte. Ainda é possível um acordo político. Às vezes há uma certa frustração, porque havia uma expectativa muito grande de que já tivesse tudo resolvido em Copenhaga, e isso não será possível mesmo. Essa expectativa foi falsa”, disse a especialista carioca.
Kahn recebeu um prémio Nobel em conjunto com os demais membros do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Segundo ela, o governo brasileiro aposta em um acordo entre os líderes mundiais para que sejam definidas novas metas de redução das emissões de gases que intensificam o efeito estufa. De acordo com a secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, ainda há muitos detalhes a serem resolvidos, mas ela lembra que é "importante um acordo político que dará o tom das negociações mais detalhadas de regulamentação".
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Vários elementos da Greenpeace estão desde as 06:45 de hoje a escalar a Torre de Belém, em Lisboa, onde colocaram uma faixa que diz «O Nosso clima, a vossa decisão».

Fonte da PSP de Lisboa disse à agência Lusa que nove pessoas estão «penduradas» na Torre de Belém, recusando-se a sair do local. Diário Digital / Lusa

Os activistas da Greenpeace que escalaram hoje a Torre de Belém pretendem que o tema das alterações climáticas seja introduzido na Cimeira Ibero-Americana que está a decorrer em Lisboa, disse à Lusa um porta-voz daquela organização ecologista.

Nove elementos da Greenpeace, dois portugueses, um italiano e seis espanhóis, estão desde as 06:45 de hoje a escalar a Torre de Belém onde colocaram três faixas que dizem «O nosso clima, a vossa decisão».
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da Greenpeace em Portugal, Luís Ferreirinho, disse que o objectivo da acção é «enviar uma mensagem aos chefes de Estado que estão reunidos na Cimeira Ibero-Americana, para que estes recordem a urgência no combate às alterações climáticas». Diário Digital / Lusa

Activistas da Greenpeace "pendurados" na Torre de Belém

Vários elementos da Greenpeace estão desde as 06h45 de hoje a escalar a Torre de Belém, em Lisboa, onde colocaram uma faixa que diz “O Nosso clima, a vossa decisão”. Os activistas pretendem que o tema das alterações climáticas seja introduzido na Cimeira Ibero-Americana que está a decorrer em Lisboa, disse à Lusa um porta-voz daquela organização ecologista.

Em declarações à Lusa, o porta-voz da Greenpeace em Portugal, Luís Ferreirinho, disse que o objectivo da acção é “enviar uma mensagem aos chefes de Estado que estão reunidos na Cimeira Ibero-Americana, para que estes recordem a urgência no combate às alterações climáticas”.

“O primeiro-ministro português disse ontem no seu discurso que o combate às alterações climáticas era uma prioridade, mas esta questão nem sequer está na agenda da cimeira”, afirmou.

Luís Ferreirinho sublinhou que a Greenpeace deseja que o tema “das alterações climáticas seja introduzido na cimeira de Lisboa “para que os países presentes cheguem a um acordo forte que possam levar a Copenhaga para se conseguir um acordo justo e juridicamente vinculativo”.

O porta-voz da organização ecologista em Portugal adiantou ainda que os activistas escolheram a Torre de Belém por ser um “local emblemático da cidade de Lisboa e porque foi este o local escolhido para assinalar a abertura da Cimeira Ibero-Americana”. “Eles ontem, nós hoje”, concluiu.

Os nove elementos da Greenpeace colocaram três faixas, uma virada para o Mosteiro de Jerónimos, outra para nascente do rio, para a Ponte 25 de Abril, e outra no topo da Torre de Belém, onde se pode ler (em inglês, espanhol e português) “O Nosso clima, a Vossa decisão”.

Alguns elementos da PSP presentes no local entraram no interior da Torre de Belém para tentar fazer com que os activistas desçam.

Ao local chegou também o director nacional da PSP, o superintendente-chefe Francisco de Oliveira Pereira.
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Polícia detém activistas da Greenpeace que escalaram Torre de Belém

Os nove activistas da Greenpeace que hoje de madrugada escalaram a Torre de Belém, em Lisboa, numa acção com o objectivo de chamar a atenção para as alterações climáticas, já foram retirados e detidos pela PSP.

Os activistas - dois portugueses, um italiano e seis espanhóis - escalaram a Torre de Belém às 06h45, colocando três faixas com a frase "O Nosso clima, a Vossa decisão" (em português, espanhol e inglês).

Em declarações aos jornalistas, o director nacional da PSP, o superintendente-chefe Francisco de Oliveira Pereira, disse que os activistas acataram as ordens da polícia e saíram pacificamente.

"A polícia entrou e pediu que saíssem, o que aconteceu sem problemas", referiu, adiantando que os activistas foram detidos e serão levados a tribunal.

Com esta acção, a Greenpeace pretende que o tema das alterações climáticas seja discutido na Cimeira Ibero-Americana, que está a decorrer em Lisboa desde domingo.

Em declarações à Lusa, o porta-voz da Greenpeace em Portugal, Luís Ferreirinho, disse que o objectivo da escalada "é enviar uma mensagem aos chefes de Estado que estão reunidos na Cimeira Ibero-Americana, para que estes recordem a urgência no combate às alterações climáticas".

O porta-voz da organização ecologista em Portugal adiantou ainda que os activistas escolheram a Torre de Belém por ser "um local emblemático da cidade de Lisboa e porque foi este o local escolhido para a assinalar a abertura da Cimeira Ibero-Americana". "Eles ontem, nós hoje", concluiu.

No local estiveram elementos da PSP, incluindo o director nacional, o comandante da Unidade Especial de Polícia, Magina da Silva, a Polícia Municipal e os Sapadores Bombeiros de Lisboa.

A Greenpeace tem por hábito levar a cabo acções de protesto com recurso a grandes faixas. Em Julho último, dez activistas bloquearam parcialmente a entrada do edifício do grupo Jerónimo Martins - que detém o Pingo Doce e Feira Nova - e pendurou na sua fachada um banner gigante onde se lia "Jerónimo Martins destrói os oceanos”. A missão teve como objectivo protestar contra a “ausência de uma política sustentável de compra de peixe” pelos supermercados da empresa.
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Dinamarca propõe redução de 50% em emissões até 2050

Dinamarca propõe redução de 50% em emissões até 2050

A Dinamarca preparou uma proposta para a reunião de Dezembro em Copenhaga que levaria a uma redução de 50% nas emissões de gases com efeito de estufa até 2050, em comparação com os níveis de 1990, graças principalmente a iniciativas dos países ricos.

A proposta refere que os países ricos devem ser responsáveis por 80% dos cortes globais das emissões.

O documento, que pode servir de base para um acordo político na reunião da ONU, sugere que o mundo adopte 2020 como o ano em que as emissões atingirão o seu auge. Mas a proposta não especifica metas intermediárias para os países desenvolvidos, como querem as nações mais pobres.

Pela iniciativa dinamarquesa, seriam feitos esforços para que o aquecimento global médio se limite a 2 graus Celsius.

«As partes deveriam unir-se construtivamente para fortalecer a capacidade mundial para combater as alterações climáticas», diz o texto.

Copenhaga: Alterações climáticas afectam agricultura, pastorícia e vida selvagem

Algumas espécies poderão desaparecer ou sofrer mudanças no seu ciclo de vida devido às alterações climáticas, antecedendo o seu período de floração ou reprodução.
Segundo a investigadora Maria João da Cruz, que estuda os efeitos das alterações climáticas nos seres vivos e as formas de os contrariar, o aquecimento global poderá prolongar a época seca do ano, com implicações na agricultura, pastorícia e vida selvagem.
"As espécies que dependem de fenómenos climáticos para começar uma nova fase do ciclo de vida poderão atrasar ou adiar essa fase por causa das alterações climáticas", afirmou à agência Lusa.

Lusa

Copenhaga deverá prever apoios financeiros - Sócrates


O primeiro-ministro defendeu hoje que a Cimeira de Copenhaga deverá definir metas exequíveis e vinculativas, mas também prever mecanismos financeiros para apoiar todos os países na redução dos gases com efeito de estufa.

José Sócrates falava no final da XIX Cimeira Ibero-Americana, em conferência de imprensa, que foi aberta com uma declaração do Presidente da República, Cavaco Silva.
Tendo ao seu lado esquerdo a chefe de Estado argentina, Cristina Kirchner, o primeiro-ministro português referiu que os 22 Estados-membros Ibero-Americanos revelaram consenso em termos de perspectivas para a próxima Cimeira de Copenhaga.
Diário Digital / Lusa

Ambientalistas da organização governamental Greenpeace instalaram hoje um «banner» gigantesco na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a pedir maior empenho do Presidente Lula da Silva em defesa do meio ambiente.

Com 9000 metros quadrados e pesando quase 1,5 toneladas, o banner é assinado por mais de 6000 brasileiros de várias regiões do país e dá um recado directo ao Presidente Lula: «Você pode fazer mais pelo clima: desflorestação zero, energias renováveis e protecção dos oceanos».
De acordo com a organização, este é o maior banner aberto nos 38 anos de história daquela organização no mundo.
Diário Digital / Lusa

A Quercus reclamou hoje a necessidade de alcançar um acordo legalmente vinculativo e não apenas político depois de Copenhaga, como única forma de assegurar que o aumento da temperatura do planeta não exceda os dois graus em 2020.

Em comunicado, a associação ambientalista afirma ter consciência de que as negociações se encaminham para um acordo político vinculativo a ser assinado em Copenhaga, mas considera esse passo insuficiente para os objectivos a atingir.
«É preciso assegurar já, ou ter a garantia, que nos meses mais próximos será concretizado o texto de um acordo legalmente vinculativo que concretize os objectivos necessários para assegurar que o aquecimento global não será superior a 2ºC em relação à era pré-industrial», declara a Quercus.
Para tal, será necessário que o pico de emissões de gases com efeito de estufa à escala global seja atingido entre 2013 e 2017. Os cientistas afirmam que o aumento da temperatura do planeta tem de ser inferior a dois graus, para ser possível evitar as consequências catastróficas das alterações climáticas.

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Cerca de dois terços dos habitantes de 23 países questionados para uma sondagem que é hoje publicada pela BBC, consideram o aquecimento global como um problema «muito importante».

Este valor é substancialmente mais elevado do que o resultado de uma sondagem semelhante realizada em 1998, que foi então de 44 por cento.
A sondagem hoje publicada pela BBC foi realizada entre 13 de Junho e 13 de Outubro pelo Instituto Globescan para a BBC e abrangeu 24.971 habitantes de 23 países, dos mais populosos do mundo, entre os quais China, Índia, Estados Unidos, Indonésia, Brasil, Paquistão, Nigéria e Rússia. Diário Digital / Lusa

Conferência de Copenhaga começa com Objectivo de reduzir Emissões Poluentes

Tem início hoje, dia 7 de Dezembro, a Conferência de Copenhaga, que discutirá o próximo passo internacional contra o aquecimento global. Espera-se que os países de todo o mundo estabeleçam um acordo que trave de forma vinculativa as emissões poluentes, que deverá entrar em vigor antes de terminar o Protocolo de Quioto, em 2013.http://www.portaldocidadao.pt/Porta...d&post={D37A0877-A10B-4D64-9C5B-907EBC5B14F8}

A 15.ª reunião da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (COP15) arranca hoje e termina a 18 de Dezembro. Durante duas semanas, as atenções vão estar centradas na capital dinamarquesa para discutir novamente o aquecimento global, quase 12 anos depois da assinatura do Protocolo de Quioto, com a finalidade de chegar a um acordo que permita reduzir as emissões de dióxido de carbono.
A Conferência tem como objectivos gerais a celebração de um acordo internacional global que permita reduzir as emissões nos países desenvolvidos, limitar o aumento das emissões nos países em desenvolvimento e financiar as acções destinadas a mitigar os efeitos das alterações climáticas e os esforços de adaptação desenvolvidos pelos países mais pobres.
A Quercus alerta, em comunicado, para o facto de ser “preciso assegurar já ou ter a garantia que nos meses mais próximos será concretizado o texto de um acordo legalmente vinculativo que concretize os objectivos necessários para assegurar que o aquecimento global não será superior a 2º C em relação à era pré-industrial. Tal implica à escala global que o pico de emissões de gases com efeito de estufa seja atingido entre 2013 e 2017”.
Data: 07-12-2009
Fonte: Portais do Cidadão e da Empresa com Parlamento Europeu e Quercus

A Índia, a China e o Brasil vão apresentar na cimeira do clima de Copenhaga, Dinamarca, uma proposta comum de negociação de cortes nas respectivas emissões de gases, disse hoje o ministro indiano do Ambiente.

«Índia, China e Brasil têm uma proposta básica. Tenho a cópia dessa proposta para as negociações», disse hoje Jairam Ramesh, durante uma sessão da Câmara alta indiana, em declarações citada pela agência IANS.
Ramesh, que chega terça-feira a Copenhaga para participar na cimeira do clima, que começou hoje e decorre até 18 de Dezembro, na capital da Dinamarca, e contará com a participação de dezenas de líderes mundiais, entre os quais o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh.
A Índia prometeu uma descida voluntária entre 20 e 25 por cento nas emissões de gases com efeito de estufa até ao ano 2020, assegurando que estas «nunca serão maiores que as dos países desenvolvidos», segundo o ministro. Ramesh protagonizou hoje um debate intenso com deputados da oposição conservadora, que acusaram o governo de ter alterado a sua política climática com o anúncio da redução relativas as emissões do país.

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O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, considerou hoje não ser previsível a assinatura de um tratado na Cimeira de Copenhaga sobre as alterações climáticas mas admitiu a possibilidade de um acordo.

«Creio que não haverá tratado em Copenhaga, não é possível, não foi preparado, alguns dos nossos parceiros não estão preparados», declarou em resposta a uma pergunta, à cadeia de televisão francesa Canal +.
«O que nós tentamos ter agora, é um acordo que depois vamos pôr em termos de lei para que se torne um tratado«, acrescentou o presidente da Comissão que falava em francês.
Diário Digital / Lusa

Copenhaga é a cidade mais 'verde' segundo um índice europeu que analisou indicadores como emissões, consumo energético, transportes, resíduos ou qualidade do ar em 30 metrópoles, num ranking em que Lisboa ocupa a 18ª posição global.

No conjunto dos indicadores de desempenho ambiental avaliados pelo Índice Europeu de Cidades Verdes, a capital dinamarquesa, actualmente palco daquela que é já considerada a mais importante cimeira ambiental deste milénio, atingiu um valor de 87,31 pontos em 100 possíveis, enquanto que Lisboa recebeu 57,25, ficando «aquém dos valores obtidos por outras capitais de rendimento médio e clima quente», como Madrid (67,08) ou Roma (62,58).
Os dois outros lugares do pódio são também ocupados por países nórdicos, nomeadamente Estocolmo, com 86,65 pontos, e Oslo, com 83,98, seguidos de Viena (83,34), Amesterdão (83,03) e Zurique (82,31), que ocupam o quarto, quinto e sexto lugar, respectivamente.
Diário Digital / Lusa

A cimeira da ONU sobre alterações climáticas (COP15) iniciou hoje consultas informais para que os ministros do Ambiente e as delegações dos 192 países reunidos em Copenhaga possam analisar os «temas-chave» da conferência.

Assim anunciou o secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, em inglês), Yvo de Boer, que insistiu em que, apesar de não ter prosseguido hoje com as sessões plenárias, as negociações não foram suspensas.
A cimeira de Copenhaga deve lançar um acordo internacional de redução de gases com efeito de estufa que substitua o Protocolo de Quioto após este expirar, em 2012.

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Activistas da organização ecologista Greenpeace organizaram hoje uma «cavalgada apocalíptica» em Copenhaga para lembrar aos políticos o que acreditam poder vir a acontecer em menos de cinquenta anos se não for assinado um tratado vinculativo na conferência sobre alterações climáticas.

«Actualmente as alterações climáticas já afectam milhares de pessoas. Em menos de 50 anos, estima-se que os números atinjam os milhões», explicou à agência Lusa Sini Harkki, coordenadora de campanha da Greenpeace que acompanhou a cavalgada. «Estamos a falar de vida e morte, e de uma crise urgente», rematou.
Quatro activistas montados a cavalo, mascarados de Cavaleiros do Apocalipse, partiram do navio da Greenpeace Artic Sunrise em direcção ao Ministério do Ambiente, e terminaram a cavalgada em frente ao Edifício do Parlamento Dinamarquês. Um grupo de activistas com estandartes juntou-se ao cortejo, hasteando mensagens de anúncio de peste, guerra, fome e morte. Dezenas de transeuntes pararam para assistir ao cortejo e membros das duas instituições políticas espreitaram pelas janelas.
Diário Digital / Lusa

O grupo de países africanos que participa nas negociações sobre as mudanças climáticas na cimeira em Copenhaga acusou hoje os países desenvolvidos de querer «assassinar» o Protocolo de Quioto e decidiu abandonar as negociações.

Segundo vários negociadores quenianos e nigerianos, a retirada do grupo africano não era um boicote à cimeira, mas, com isso, queriam mostrar a sua insatisfação e salientar a importância do Protocolo de Quioto para eles.
O presidente do grupo, o argelino Kamel Djemouai, tinha denunciado uma tentativa de tratar de forma separada e misturada elementos contidos nas duas vias de negociação, a de Quioto e a da Convenção-Quadro da ONU. «Se aceitarmos esta situação, assinaremos a morte de Quioto, o único documento legalmente vinculativo que existe. O próximo tratado deverá ser ratificado e, até que entre em vigor, passarão mais que os sete anos que demoraram com Quioto», disse Djemouai, em conferência de imprensa

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O grupo de países africanos, que se tinha retirado de vários grupos de negociação na conferência de Copenhague, voltou a participar nas sessões da tarde depois de obter resposta para as suas reivindicações, indicaram delegados africanos e europeus.

Anteriormente, os países africanos, apoiados pelos outros países em desenvolvimento, suspenderam hoje a participação em vários grupos de negociação.
A suspensão foi um protesto já que consideram que os países ricos apresentam divergência em relação do Protocolo de Quioto, o único instrumento internacional actualmente existente para lutar contra o aquecimento global, que impõe obrigações às nações desenvolvidas ao mesmo tempo que protege os países em desenvolvimento. «A África fez soar o sinal de alerta para evitar que o comboio descarrile ao fim desta semana. Os países pobres querem um resultado que garanta importantes reduções das emissões. Os países ricos, no entanto, estão a tentar atrasar as discussões sobre o único mecanismo se que dispomos para isto, o Protocolo de Quioto», afirmou Jeremy Hobbs, director executivo da ONG Oxfam International.
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