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Morto com dois tiros quando defendia a mãe

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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Agressor estava a fazer uma espera à mulher, armado com uma pistola.
Paulo Lopes, de 39 anos, foi morto ontem com dois tiros no pescoço, no Bombarral, quando tentava evitar que o suspeito do homicídio assediasse a mãe. O indivíduo estava inclusive proibido pelo tribunal de se aproximar da mulher.
Ana Maria Lopes, de 66 anos, retornada de Angola logo a seguir ao 25 de Abril, emigrou para os Estados Unidos da América e fixou-se na Região Oeste com o marido até que regressou da América.
Porém, há cerca de dez anos, ficou viúva e há relativamente cerca de três anos veio a conhecer um empresário, de 73 anos, com interesses na área das câmaras frigoríficas para produtos frutícolas.
Qual o relacionamento que existia entre ambos é algo que não estará suficientemente esclarecido, mas a verdade é que aquele empresário, divorciado, a residir no concelho do Cadaval, começou a importunar Ana Maria.
Segundo o que o JN apurou, aquele indivíduo assediava-a constantemente, apesar das recusas constantes de Ana Maria e das suas vãs tentativas de o afastar. E tal era o assédio que a mulher acabou por se queixar à Polícia, tendo o caso sido levado o tribunal, que o proibiu de se aproximar dela. No entanto, aquele empresário "estava sempre à procura dela e ainda hoje [ontem] andara de volta da casa da Ana Maria", em Vale Francas, Pero Moniz, contou, ao JN, uma testemunha.
Ao fim da tarde de ontem, Ana Maria deslocara-se ao Minipreço do Bombarral, conduzindo um Mercedes de que era proprietária. Mas, à saída daquele supermercado, deu conta de que o empresário estava dentro do carro à espera dela. Telefonou então ao filho, o Paulo, que vive perto de Peniche, dando-lhe conta de que o indivíduo estava junto ao supermercado e pediu-lhe ajuda. Pouco depois, o filho chegou. Parou o seu automóvel nas imediações de onde se encontrava o indivíduo, perto de uma oficina, do lado oposto ao supermercado.
Na sua moradia, Carlota dos Santos limpava o jardim e deu conta da chegada do carro de Paulo Lopes. "Eu ouvi-o gritar para o outro que estava no carro, 'vai-te embora, vai-te embora!'". Pelo meio terá havido ainda alguns insultos, mas o empresário não arredou pé e Paulo saiu do carro para se aproximar do indivíduo que assediava a mãe.
Porém, o empresário não saiu do local onde estava e, ao invés, ao sentir o Paulo suficientemente próximo, puxou de uma arma, sem sair do carro, e disparou, fugindo em seguida. "Só ouvi dois tiros, secos", recordou Carlota Santos.
A testemunha viu ainda o Paulo agarrado ao pescoço. "Depois, ele caiu de frente, para o chão", conta. Ana Maria correu para o filho e agarrou-o, mas Paulo estava já em estado crítico.
Chamados ao local, os bombeiros ainda realizaram manobras de reanimação, mas Paulo Lopes por morrer no local. O corpo ficou numa ambulância do INEM até que os peritos da Polícia Judiciária terminassem a recolha de vestígios. O cadáver foi depois foi transportado para o Gabinete Médico Legal de Torres Vedras.
Ana Maria foi, entretanto, assistida no Hospital de Caldas da Rainha por se encontrar em estado de choque. O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária de Leiria. À hora do fecho desta edição o presumível agressor ainda não tinha sido detido.

* Com Telma Roque

Fonte: Jornal de Notícias
 
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