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Libertado após ferir criança

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RoterTeufel

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Lisboa: Onze tiros atingem quatro pessoas por engano
Libertado após ferir criança



Quatro pessoas baleadas – entre elas uma criança com dez anos que ficará para sempre com uma deficiência na perna em consequência do tiro que lhe acertou – e o medo no bairro da Cruz Vermelha, em Lisboa. Foi este o resultado de um ajuste de contas que, na madrugada de 26 de Março, só não provocou mortos por sorte. O atirador foi anteontem detido pela Secção de Homicídios da PJ de Lisboa, mas o juiz devolveu-o à liberdade por não considerar que o acto configurasse um crime de homicídio tentado.

Tal como o CM noticiou na altura, naquela madrugada de Março, uma rixa entre africanos e ciganos do problemático bairro, na rua Maria Alice, acabou com os últimos a fugir por estarem em menor número. No entanto, minutos depois da fuga, o grupo voltou, agora reforçado e numa carrinha Volkswagen Passat.

Sem parar, um dos ocupantes do veículo abriu fogo com uma pistola de calibre .22, disparando onze vezes. Os projécteis acabaram por atingir João, uma criança com dez anos que nada tinha a ver com o caso. A mãe, o irmão mais velho, de 20 anos, e uma outra mulher também foram atingidos por balas que fizeram ricochete numa parede. Todos estavam no local por acaso. O verdadeiro alvo já fugira da zona.

O tiroteio, explicaram moradores ao CM, teria sido provocado por negócios relacionados com tráfico de droga, cujo controlo era disputado pelas facções.

Menos de dois meses antes, várias famílias vindas das Galinheiras tinham sido realojadas no bairro da Cruz Vermelha e os problemas começaram a crescer até que as autoridades fizeram várias rusgas nas quais apreenderam armas e droga.

O atirador, um homem de 28 anos, esteve, desde então, desaparecido, mas a PJ conseguiu encontrá--lo esta semana e recolher prova para o indiciar pelos quatro crimes de homicídio na forma tentada.

O juiz teve, no entanto, opinião diferente. Presente em tribunal, o atirador saiu em liberdade com apresentações periódicas às autoridades.

PORMENORES

MERAS OFENSAS

Segundo o CM apurou, o juiz de instrução criminal considerou que os disparos configuram um crime de ofensas à integridade física e não de tentativa de homicídio, pelo que o agressor está em liberdade.

MARCA PARA A VIDA

João, a criança de dez anos atingida no tiroteio, foi baleado numa perna. O tiro afectou a estrutura óssea, provocando uma deformação daquele membro, pelo que nunca mais voltará a andar normalmente.

ÉPOCA VIOLENTA

O bairro da Cruz Vermelha foi, no início deste ano, palco de vários confrontos – alguns acabaram em tiroteio – entre etnias. O realojamento de novas famílias, garantiram moradores, tinha afectado 'o equilíbrio do bairro'.

REALOJADOS

O bairro, com prédios construídos ente 1977 e 2003, serviu para realojar moradores que viviam em barracas na Musgueira, Calvanas e Galinheiras.



Fonte Correio da Manhã
 
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