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Reunião em Setúbal baralha caso dos 10 mil euros de Vara

maioritelia

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Ago 1, 2008
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Ex-ministro aponta outro indivíduo como destinatário do dinheiro de Manuel Godinho.

Um indivíduo de Setúbal com quem Manuel Godinho se encontrou no dia de uma suposta entrega de 10 mil euros é apontado por Armando Vara como possível destinatário do dinheiro, que a PJ defende ter-lhe sido entregue para pagar favores.

Esta hipótese terá sido levantada pelo vice-presidente do Millennium-bcp após ter consultado o processo Face Oculta, no qual está documentado o referido encontro do empresário de Ovar.

Segundo o Ministério Público e a PJ, indícios da entrega daquela quantia em notas ao ex-ministro do PS são dois encontros pessoais - num restaurante, sábado 23 de Maio, e na sede do BCP, segunda-feira, 25 de Maio - e um telefonema, após o primeiro encontro, em que Godinho pede a uma funcionária para lhe arranjar 10 mil euros em notas para o dia seguinte, de forma a rumar a Sul, na segunda-feira, com o dinheiro em mãos.

Pelos investigadores foi estabelecido um nexo de causalidade entre o primeiro encontro, a chamada telefónica que se lhe seguiu, e o segundo encontro com Vara e o administrador da EDP Imobiliária, Paiva Nunes, um dia após Godinho ter recebido as notas.

Confrontado com estas suspeitas, Armando Vara disse que não pediu qualquer quantia ao empresário - que conhecia desde a Caixa Geral de Depósitos - a quem reconheceu ter ajudado mas tendo apenas em vista angariá-lo como cliente para o BCP.

Disse, ainda, que aquele segundo encontro - de 25 de Maio - não estava previsto. E ao consultar os autos deparou com elementos que dão conta de contactos entre Manuel Godinho e um indivíduo de Setúbal, com vista a um encontro às primeiras horas da manhã do mesmo dia.

A reunião acabaria por não acontecer à hora marcada, facto que Godinho terá justificado com o cansaço provocado por uma noite mal dormida, culpa de um ruidoso animal de estimação.

Daí que, pela lógica da defesa de Vara, naquele dia Godinho tenha optado por encontrar-se primeiro, em Lisboa, com Paiva Nunes e Vara, este último nas instalações do BCP.

O administrador auto-suspenso já disse publicamente que se tratou de um encontro fortuito e nega ter sido o destinatário dos 10 mil euros em notas. Na mesma linha, levantou a hipótese de o dinheiro ter sido entregue ao indivíduo de Setúbal, com quem Godinho terá estado reunido poucos minutos, mas sob vigilância da PJ.

Os advogados de Armando Vara anunciaram já a decisão de pedir o levantamento do segredo de justiça e de mostrar todas as suas contas bancárias. Vara pretenderá demonstrar que não terão havido depósitos suspeitos e que não deixou de gastar dinheiro das suas contas - o que poderia acontecer, caso dispusesse de avultadas quantias em numerário.


lusa.
 
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