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Tenta matar mulher a tiro e suicida-se (C/VÍDEO)

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RoterTeufel

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Matosinhos: Vítima está internada no hospital em morte cerebral
Tenta matar mulher a tiro e suicida-se (C/VÍDEO)


Separada há um ano do ex-marido, António, de 48 anos, Paula Mesquita, cinco anos mais nova, vivia num clima de autêntico terror. Durante meses a fio foi agredida, ameaçada de morte e por três vezes teve de mudar de casa.

Anteontem, ao final da noite, António cumpriu as juras de vingança que tinha feito. Com o pretexto de falar sobre os filhos, o homem foi buscá-la ao trabalho, e pelo caminho disparou três vezes sobre Paula. António foi depois para o parque da Exponor, em Matosinhos, a menos de 2 km da casa dos pais, e suicidou-se.

Alvejada na cabeça, na coluna e na bacia, Paula foi abandonada numa rua em Lavra, Matosinhos, tendo sido socorrida já depois da meia-noite por um funcionário de uma empresa da zona. A vítima continuava ontem à noite internada no hospital, em morte cerebral.

Tudo aconteceu anteontem, por volta das 21h00, quando António foi ter com a ex-mulher a um parque de diversões, onde aquela trabalha como empregada de limpezas, e lhe pediu para conversar com a promessa de que nunca mais a ameaçava. Paula acedeu, ligou aos filhos, de 14 e 20 anos, e disse que ia chegar mais tarde. As horas passaram, a mulher tinha o telemóvel desligado e não dava notícias. Minutos depois, os filhos da vítima receberam a confirmação daquilo que tanto temiam. 'O meu irmão mandou uma mensagem aos filhos onde dizia que ia matar a mãe deles. Ficámos muito aflitos e começámos a procurá-los', contou ao CM Fernando, irmão de António.

António puxou da arma, disparou contra Paula e abandonou-a na rua. Dirigiu-se para perto da casa dos pais e suicidou-se com um tiro na cabeça. Minutos antes tinha mandado uma mensagem a um amigo em que dizia: 'Ela já morreu, agora vou eu.' 'Horas depois encontrei o carro dele. Parti o vidro para o tirar, mas ele já estava morto', recorda o irmão.

'PEDIU-ME AJUDA A CHORAR'

Há três meses a residir com os filhos numa casa em Matosinhos, Paula temia aquilo que o marido pudesse fazer. Na passada segunda-feira, em desespero, a mulher desabafou com a vizinha. 'Desatou a chorar à minha frente e pediu-me ajuda. Disse que o marido a ameaçava de morte e que tinha arrombado a porta lá de casa e remexido todas as coisas dela', contou ao CM Fátima Cristina, vizinha da vítima.

À vizinha, Paula contou ainda que o ex-marido a agrediu, versão que a própria família de António confirma ao CM. A mulher contou ainda que tinha de mudar constantemente de casa para o ex-marido não a encontrar, e confessou manter uma relação há mais de dois meses com outro homem. 'Ela estava apaixonada por outra pessoa e os filhos sabiam, mas ela não assumia a relação pois tinha medo do que ele pudesse fazer', explicou ontem a vizinha da vítima.

PORMENORES

VENDEDOR

António trabalhava como vendedor ambulante de peixe. Depois do divórcio, o homem chegou a viver com o filho mais velho durante seis meses. No entanto, António acabou por agredir Paula e o filho decidiu sair de casa.

APOIO

Ontem ao final da noite, psicólogas da Câmara de Matosinhos dirigiram-se à casa de Paula, onde se encontravam os dois filhos do casal. Apoiados por alguns amigos, os jovens estavam muito transtornados e chocados com o que aconteceu.

FAMÍLIA

Abalado com o sucedido, Antero, pai da vítima, disse ao ‘CM’ que 'esta tragédia já se adivinhava' e que já tinha pedido à filha para ter cuidado. Devido a problemas de saúde, a mãe de Paula ontem ainda não sabia de nada.

Vídeo Sapo



Fonte Correio da Manhã
 
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