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Bispos na net contra a fome

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RoterTeufel

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Igreja: Mensagens de NAtal alertam para pobreza e desemprego
Bispos na net contra a fome


As mensagens de NAtal dos bispos portugueses, a publicar estes dias nas páginas electrónicas das respectivas dioceses, vão, quase todas elas, aludir à situação social do País, com destaque para os "dramas" da fome e do desemprego.

O arcebispo de Braga, que preside à Conferência Episcopal (CEP), já referiu que é impossível deixar de se ouvir um 'grito alucinante de muitos vizinhos que continuam a viver sem o indispensável'.

'O escândalo da fome persiste em diversos países e não deixa de ter acuidade entre nós. A vida digna para todos continua a ser uma miragem e torna-se imperioso reconhecer, sem camuflar, a realidade, e encontrar respostas adequadas', diz D. Jorge Ortiga numa mensagem que aparece escrita e em vídeo.

Também o bispo de Aveiro, D. António dos Santos, não deixará de sublinhar a 'dramática situação social do País', poucos dias depois de ali ter decorrido a VI Semana Social, iniciativa da CEP.

Já o Cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, apontará o desemprego como o maior problema social do novo ano.

Relativamente ao bispo do Porto, D. Manuel Clemente, não deixará de sublinhar 'a difícil subsistência básica de famílias inteiras', a exemplo do que fez na homilia da Missa Solene da Imaculada Conceição.

As mensagens de NAtal dos bispos devem estar disponíveis a partir de finais da próxima semana.

DISCURSO DIRECTO

"TEMOS UM CLERO IDOSO E POUCO PREPARADO": Pe. Peter Stilwell Director da Faculdade de Teologia da Univ. Católica

Correio da Manhã – As mensagens de NAtal dos bispos portugueses serão colocadas na internet. Porquê?

Peter Stilwell – É importante que a Igreja use todos os meios disponíveis para comunicar e testemunhar. Tem sido esse o seu trabalho ao longo dos tempos. Com a rádio surgiu a Rádio Vaticano e, mais tarde, em Portugal a Rádio Renascença. Depois, com a televisão, já não correu tão bem, mas mantém o seu espaço.

– E com a Internet?

– É importante marcar presença. Antes existia o correio, hoje temos o e-mail. Quem colocar um vídeo no YouTube será muito mais visto do que se transmitisse a sua mensagem individualmente aos fiéis.

– O uso deve ser moderado?

– Todas as coisas devem ser usadas com moderação, pois caímos no risco de a nossa palavra se tornar banal. É preciso que a palavra tenha o seu peso. Há que escolher muito bem as oportunidades.

– Em que circunstâncias deve ser usada pela Igreja Católica?

– Nas grandes festas cristãs, para se aproveitar e dizer alguma coisa às suas dioceses. Nos acontecimentos importantes na vida da sociedade que precisem de uma palavra esclarecedora. Antes usava--se a carta às paróquias, para ser lida na igreja, agora pode ser utilizado o correio electrónico.

– As paróquias estão preparadas para as novas tecnologias?

– Não estão preparadas. Temos um clero muito idoso e muito atarefado. Depois, com a escassez de padres para as exigências do nosso trabalho, é impossível termos tempo para estarmos sentados ao computador e reflectir sobre alguns temas. Depois há quem não esteja preparado para trabalhar com um computador. Agora, na faculdade, quase todos já estão aptos e sabem trabalhar com computadores. Talvez na próxima geração, quando estiverem adaptados aos computados, já exista outro meio.



Fonte Correio da Manhã
 
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