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Parlamento Europeu recusa votar resolução sobre Aminatu Haidar

nuno29

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A renúncia do Parlamento Europeu em votar uma resolução de condenação de Marrocos por causa da activista saaraui Aminetu Haidar, em greve de fome em Espanha, indignou os eurodeputados portugueses Miguel Portas e Ilda Figueiredo.

Em declarações à agência Lusa, Miguel Portas disse que «o que hoje se passou no Parlamento Europeu foi de uma enorme gravidade para lá de ser uma vergonha e havia muitas pessoas inclusivamente do grupo socialista e do Partido Popular Europeu absolutamente indignadas com a diminuição imposta à própria instituição parlamentar pelas lideranças do grupo socialista e de direita».

Estava previsto para esta tarde um debate seguido de votação da resolução. Contudo, os líderes dos principais grupos políticos do parlamento propuseram um adiamento, que foi aprovado por 249 votos a favor, 163 contra e 135 abstenções.

O líder do grupo socialista, o alemão Martin Schulz, justificou esta decisão com a tentativa de encontrar uma solução diplomática. Haidar encontra-se em greve de fome desde 16 de Novembro, no aeroporto da ilha espanhola de Lanzarote, depois de ter sido expulsa do Sara Ocidental pelas autoridades Marroquinas, depois de ter estado nos EUA, onde recebeu um prémio pela defesa dos direitos humanos.

Esta quinta-feira feita, a activista foi levada para os cuidados intensivos de um hospital das Canárias, devido ao agravamento do seu estado de saúde.

Além Miguel Portas, também a eurodeputada comunista Ilda Figueiredo manifestou o seu repúdio em relação à proposta de Martin Schulz. «Exigimos que de imediato seja resolvido o problema porque o presidente do grupo socialista europeu usou o argumento de que estava eminente uma solução, mas que solução? Vão levá-la para o Sara Ocidental? Vão levá-la para sua casa?», questionou a europarlamentar citada pela Lusa.

«Exigimos que isso aconteça sob pena de o grupo socialista perder toda a credibilidade no Parlamento porque impediu que este exercesse as suas funções de apoio e defesa dos direitos humanos», disse, levantando uma nova questão.

«Como é que uma resolução de solidariedade com Aminatu Haidar e com o povo saaraui coloca problemas a uma negociação com Marrocos? Então o PE não tem razão de existir. Isto é inadmissível e inédito. Como é que o reino de Marrocos consegue mandar não só no seu país, mas no Parlamento Europeu pela mão do partido socialista?», interrogou-se Ilga Figueiredo.


iol
 
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