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Pena máxima para ‘Pidá’

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‘Noite Branca’: Procuradora pediu 25 anos de cadeia para Bruno ‘Pidá’
Pena máxima para ‘Pidá’


"Verdadeira emboscada" e "fuzilamento". Estes foram os termos que a procuradora do Ministério Público (MP) usou para caracterizar a morte de Ilídio Correia, em Novembro de 2007. Nas alegações finais do julgamento do processo conhecido como ‘Noite Branca’, a magistrada pediu pena máxima, 25 anos de cadeia, para Bruno ‘Pidá’, alegado líder do grupo da Ribeira, 24 para Mauro Santos e Fernando ‘Beckham’ e vinte para Ângelo ‘Tiné’.

O MP deu como provadas a participação dos quatro suspeitos na morte de Ilídio e em mais cinco situações de homicídio na forma tentada. No entanto, segundo a procuradora, Luísa Simões, não foi reunida prova inequívoca da participação no crime de dois outros suspeitos: Fábio Barbosa ‘Suca’ (primo de ‘Pidá’) e José Fernando Silva ‘Leitinhos’.

A magistrada do Ministério Público fez questão de justificar o pedido das penas pesadas. Afirmou que os arguidos resolvem os problemas "à lei da bala", demostrando a "falta de respeito pela vida humana " e desenvolveram personalidades "violentas".

O alarme social provocado pelo caso ‘Noite Branca’ foi também usado como argumento para justificar o pedido de condenações.

A sessão de ontem ficou ainda marcada pela altercação que levou à saída da sala dos irmãos de Ilídio que assistiam junto ao público.

A defesa de ‘Pidá’ pediu a absolvição. Alegou que o processo nasceu inquinado e que foi conduzido para que a Bruno fossem colados factos que são "ficção". "A forma como foi conduzido, condicionou tudo", disse o advogado Vaz Teixeira. Para o causídico, Bruno ‘Pidá’ nunca até este julgamento tinha tido problemas com a justiça, ao contrário dos irmãos Correia. "Porque é que nesta audiência a palavra do Bruno conta menos do estes senhores?", questionou.

PORMENORES

ALEGAÇÕES CONTINUAM

Apesar do dia de ontem ter sido todo destinado às alegações finais, as mesmas não terminaram. Falta ainda a defesa de três arguidos. Há também a possibilidade de, na próxima segunda-feira, os réus voltarem a falar ao colectivo.

FAZENDA EM CAUSA

A advogada de Ângelo Ferreira ‘Tiné’, Marisa Carvalho, questionou a competência da equipa da ‘Noite Branca’, liderada pela procuradora Helena Fazenda, que deduziu esta acusação. "Como é que com uma equipa especial se chegou a tão pouco".

PROVA CRITICADA

A defesa dos arguidos assentou a sua argumentação com a falta de credibilidade de testemunhos, como dos irmãos Correia. Em muitos casos, estes são a única prova para acusar os réus.

HOMICÍDIOS DE AURÉLIO PALHA E BERTO 'MALUCO' SEM ACUSAÇÃO

Mesmo com a equipa especial liderada por Helena Fazenda no terreno, os homicídios do empresário Aurélio Palha, dono da discoteca Chic, e do segurança Berto ‘Maluco’ ainda não têm acusação deduzida. O facto de não haver presos preventivos dá alguma margem de manobra à investigação.

A vaga de mortes na noite do Porto começou com o homicídio de Nuno Gaiato, entretanto já julgada. O Tribunal de S. João Novo considerou provado que o segurança Hugo Rocha matou o colega de ofício ‘Gaiato’, em Julho de 2007, na discoteca El Sonero, aplicando-lhe uma pena de 12 anos e meio de prisão. Os co-arguidos Timóteo e Vasco foram condenados a quatro anos e meio de cadeia, com pena suspensa por igual período.

"NÃO CONSIGO OUVIR. METE NOJO"

Estava o advogado de defesa de Bruno ‘Pidá’, Luís Vaz Teixeira, a meio das alegações perante o colectivo de juízes quando Benjamim Correia, irmão mais velho do falecido Ilídio, se levantou e abandonou a sala. Não sem antes gritar a plenos pulmões. "Não consigo ouvir tanta hipocrisia. Mete-me nojo", disse. Pouco depois, os outros dois irmãos de Ilídio, Natalino e Marcelo, também saíram agitados do Palácio d a Justiça.


Fonte Correio da Manhã
 
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