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Beber mais do que meio litro de leite de vaca por dia é prejudicial para as crianças e pode conduzir a anemia por falta de ferro.
Beber mais do que meio litro de leite de vaca por dia é prejudicial para as crianças e pode conduzir a anemia por falta de ferro. Compensar ou substituir refeições por leite é um erro que muitos pais desconhecem.
A falta de ferro é a deficiência nutricional mais prevalente em todo o Mundo, atingindo todos os grupos socio-económicos. As crianças, os adolescentes e as mulheres em idade fértil são os mais afectados.
Nos primeiros anos de vida, a quantidade de ferro ingerida nos alimentos pode não ser suficiente, até porque as necessidades são elevadas devido ao rápido crescimento. Assim, é frequente existir anemia por falta de ferro na primeira infância, muitas vezes explicada pelo consumo excessivo de leite de vaca.
“Há uma relação muito estreita entre a introdução do leite de vaca antes dos 12 meses de idade e a anemia por falta de ferro”, confirma Letícia Ribeiro, hematologista no Centro Hospitalar de Coimbra, acrescentando que “o leite de vaca é muito rico em fósforo e em cálcio, mas inibe a absorção do ferro”.
Desta forma, no segundo ano de vida, “há muito frequentemente anemia por falta de ferro por causa do excesso de leite de vaca”, que resulta por exemplo do facto de os meninos serem preguiçosos para comer e os pais compensarem ou substituírem as refeições por leite.
“Mais do que meio litro de leite é excessivo e não deve ser administrado”, defende a especialista, que vai debater o tema da anemia nas crianças durante a Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Hematologia,
Quando isto acontece, “as crianças aparentemente estão bem, têm um peso bom e, na maior parte das vezes, a dúvida manifesta-se porque o menino está muito pálido, muito irrequieto, dorme mal e, muitos deles, desenvolvem um fenómeno que nós designamos por pica: comem terra e roem os móveis (porque vão à procura de ferro)”.
Letícia Ribeiro alerta ainda para o facto de existirem estudos que provam que a falta de ferro no primeiro ano de vida “vai condicionar as aquisições cognitivas e está associada a uma diminuição do QI em 5 a 7 pontos” e na idade adulta “diminui a produtividade”.
Por tudo isto, a hematologista defende a “fortificação de alguns alimentos em ferro e a suplementação medicamentosa sempre que haja suspeita de que a criança não se alimenta correctamente”.
sp.
Beber mais do que meio litro de leite de vaca por dia é prejudicial para as crianças e pode conduzir a anemia por falta de ferro. Compensar ou substituir refeições por leite é um erro que muitos pais desconhecem.
A falta de ferro é a deficiência nutricional mais prevalente em todo o Mundo, atingindo todos os grupos socio-económicos. As crianças, os adolescentes e as mulheres em idade fértil são os mais afectados.
Nos primeiros anos de vida, a quantidade de ferro ingerida nos alimentos pode não ser suficiente, até porque as necessidades são elevadas devido ao rápido crescimento. Assim, é frequente existir anemia por falta de ferro na primeira infância, muitas vezes explicada pelo consumo excessivo de leite de vaca.
“Há uma relação muito estreita entre a introdução do leite de vaca antes dos 12 meses de idade e a anemia por falta de ferro”, confirma Letícia Ribeiro, hematologista no Centro Hospitalar de Coimbra, acrescentando que “o leite de vaca é muito rico em fósforo e em cálcio, mas inibe a absorção do ferro”.
Desta forma, no segundo ano de vida, “há muito frequentemente anemia por falta de ferro por causa do excesso de leite de vaca”, que resulta por exemplo do facto de os meninos serem preguiçosos para comer e os pais compensarem ou substituírem as refeições por leite.
“Mais do que meio litro de leite é excessivo e não deve ser administrado”, defende a especialista, que vai debater o tema da anemia nas crianças durante a Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Hematologia,
Quando isto acontece, “as crianças aparentemente estão bem, têm um peso bom e, na maior parte das vezes, a dúvida manifesta-se porque o menino está muito pálido, muito irrequieto, dorme mal e, muitos deles, desenvolvem um fenómeno que nós designamos por pica: comem terra e roem os móveis (porque vão à procura de ferro)”.
Letícia Ribeiro alerta ainda para o facto de existirem estudos que provam que a falta de ferro no primeiro ano de vida “vai condicionar as aquisições cognitivas e está associada a uma diminuição do QI em 5 a 7 pontos” e na idade adulta “diminui a produtividade”.
Por tudo isto, a hematologista defende a “fortificação de alguns alimentos em ferro e a suplementação medicamentosa sempre que haja suspeita de que a criança não se alimenta correctamente”.
sp.