A agência espacial norte-americana (NASA) festejou ontem o sexto aniversário da chegada a Marte do seu robô explorador Spirit.
Desde Abril que o infatigável robô de 180 quilos e seis rodas está preso num banco de areia, na extremidade da cratera de Tróia, a Oeste de Home Plate, no Hemisfério Sul de Marte.
As várias tentativas para libertá-lo falharam todas. A última, no final de Novembro, fez com que se enterrasse ainda mais e danificou uma das suas rodas.
Incapaz de se mover, o Spirit não consegue escapar à poeira que se vai acumulando na superfície dos seus painéis solares e que impede o recarregamento das suas baterias.
A menos que o vento limpe os painéis solares ou que o robô encontre energia suficiente para alterar a sua inclinação em direcção ao Sol, “os raios do Sol vão continuar a descer” até ao solstício de Inverno, em Maio, informa a NASA no seu site. Isto significa que o “Spirit corre o risco de não ter potência suficiente para sobreviver ao próximo Inverno”, admite a agência espacial.
“A maior prioridade para esta missão é a mobilidade, se for possível”, comentou Steve Squvres, da Universidade Cornell, em Ithaca, o cientista responsável pelos robôs.
Em Fevereiro, a NASA vai avaliar as suas missões em Marte, incluindo o Spirit, analisando a relação entre os custos e o potencial científico. Entretanto, a equipa está a pensar em outras investigações que ainda poderão ser realizadas com um Spirit imóvel, nomeadamente sobre o interior de Marte.
O robô Spirit chegou ao solo marciano a 3 de Janeiro de 2004; ainda nesse mês, no dia 24, o seu gémeo Opportunity pousou em outra região de Marte. As missões de ambos deveriam durar três meses mas duraram seis anos.
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