A poluição do ar em Hong Kong atingiu, no ano passado, níveis perigosos para a saúde, uma situação cada vez mais frequente, noticia hoje a imprensa, citando valores oficiais.
De acordo com os números revelados pelo Departamento de Protecção do Ambiente (EPD), foram registados no ano passado 44 dias de “poluição muito elevada” no distrito de Wanchai, situado na ilha de Hong Kong, noticia o jornal diário “South China Morning Post”. O ano de 2008 registou 39 dias e o de 2005, 13 dias.
O nível de “poluição muito elevada” pode agravar de forma significativa os sintomas de pessoas que sofrem de problemas cardíacos ou respiratórios, precisou o EPD. Quem estiver de boa saúde pode sentir irritação nos olhos, dores de garganta ou tosse.
Num outro bairro, Mongkok, o mesmo nível de “poluição muito elevada” foi registado em 37 dias, contra apenas um há cinco anos, continua aquele jornal.
Um porta-voz do EPD explica esta deterioração da qualidade do ar com as condições meteorológicas desfavoráveis.
Por seu lado, uma equipa de cientistas da Universidade das Ciências de Hong Kong alerta que os níveis de poluição no centro de Hong Kong poderão ser duas a três vezes superiores aos números oficiais. “Segundo os nossos dados podemos deduzir que o número de dias de ‘poluição muito elevada’ é mais elevado que o número oficial”, disse Chak Chan, chefe da divisão ambiental da Universidade das Ciências.
A qualidade do ar na região continua a degradar-se devido às emissões das fábricas do Sul da China e da poluição emitida em Hong Kong pelas centrais eléctricas e pelos veículos.
Em 2008, o chefe do Executivo, Donald Tsang, prometeu melhorar a qualidade do ar até ao final do seu mandato em 2012.
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