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Oficial da GNR sob investigação

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Santo Tirso: Três militares apanhados em escutas telefónicas
Oficial da GNR sob investigação


O segundo-comandante da GNR do Porto, tenente-coronel Cunha de Sá, e dois oficiais foram apanhados nas escutas telefónicas da investigação da GNR de Santo Tirso sobre crimes de lenocínio praticados pelos donos do clube nocturno Stones, em São Martinho do Campo, em 2005. Os três oficiais são alvo de um inquérito da PJ do Porto, no âmbito da certidão extraída do processo principal, cujo julgamento começa hoje.



Cunha de Sá, na altura subcomandante do destacamento de Matosinhos, telefonava e encontrava-se frequentemente com o dono do Stones, Joaquim Fernando Ferreira. As conversas indiciam que o dono da casa de alterne era avisado das operações e das buscas. No decorrer da investigação, que teve os suspeitos sob escuta telefónica durante 60 dias, estão envolvidos o então major Cunha de Sá, o primeiro-sargento Manuel Pinto, comandante do Posto de Vila das Aves, e o sargento-ajudante Pires, que comandava o posto de Alfena.

Não se sabe quais as contrapartidas que os oficiais poderão ter recebido. Uma das chamadas de Cunha de Sá a Fernando Ferreira é feita do destacamento de Matosinhos: o dono do Stones quer saber informações sobre o que se está a passar no processo, e os dois combinam jantar em Leça da Palmeira. Na conversa, transcrita no processo, um colaborador do Stones queixa-se a Ferreira, poucos dias antes da operação da GNR de Santo Tirso, de que o processo tem muitas provas. E combinam que o melhor é falar com o comandante para tentar resolver o problema.

STONES COM OITO ARGUIDOS

Seis homens e duas mulheres sentam-se hoje no banco dos réus do Tribunal de Santo Tirso, acusados de crimes de lenocínio, auxílioà emigração ilegal, angariação de mão-de-obra e posse de arma proibida. Joaquim Fernando Ferreira, dono do Stones, é o principal arguido do processo, que esteve a cargo do Núcleo de Investigação da GNR de Santo Tirso. Ferreira responde por quatro crimes, tal como Rute, uma das mulheres que tratavam da angariação das jovens, a maioria de origem brasileira.

Durante cerca de dez anos, o Stones foi porta de entrada para quatro espaços nas traseiras, onde se praticava prostituição. Muitas destas mulheres são testemunhas no processo. Dizem--se vítimas de exploração sexual, pressões, coacção, ameaças e agressões por parte dos donos, seguranças e colaboradores do clube nocturno. Nas buscas domiciliárias feitas na operação, em Julho de 2006, foram apreendidas diversas armas ilegais.


Fonte Correio da Manhã
 
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