Matapitosboss
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Vítor Constâncio foi hoje, em Bruxelas, um dos três candidatos que passou sem problemas o escrutínio que o Parlamento Europeu fez às suas competências para ocupar o cargo de vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE).
"Houve perguntas interessantes, pertinentes, mas sem serem difíceis para quem, como eu, há 10 anos é membro do conselho de governadores do BCE", disse Vítor Constâncio no final da audição à porta fechada dos eurodeputados da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu (PE).
A presidente da Comissão, a britânica Sharon Bowles escusou-se a fazer uma apreciação de cada um dos candidatos, limitando-se a afirmar que "todos deram boas respostas" e "que não estariam ali se não fossem todos igualmente bons" candidatos.
A decisão final sobre o nome que irá substituir o actual detentor do cargo, o grego Lucas Papademos, a partir de 01 de Julho próximo está agora nas mãos dos ministros das Finanças da União Europeia (UE).
"Esta participação do PE nesta fase não conduz propriamente a conclusões", disse Vítor Constâncio, acrescentando que "todo este processo não depende propriamente de uma avaliação dos méritos individuais de cada candidato, mas é o resultado daquilo que são negociações políticas entre os governos" dos 27.
O Parlamento Europeu tem o direito de emitir um parecer não vinculativo sobre o candidato escolhido pelos ministros das Finanças, o que poderá acontecer já na próxima terça-feira em Bruxelas, antes de a decisão final ser tomada pelos chefes de Estado e de Governo dos 27.
O PE ouviu em audiências separadas de uma hora cada Vítor Constâncio, o governador do Banco Central do Luxemburgo Yves Mersch e o director do Banco Central da Bélgica Peter Praet.
A eurodeputada socialista Elisa Ferreira espera que "haja uma convergência em torno" de Vítor Constâncio, defendendo que será "um bom contributo para a Europa" se for o candidato escolhido.
O deputado do Bloco de Esquerda Miguel Portas reconheceu que os três candidatos têm um "largo curriculum em matéria de bancos centrais e política monetária", mas criticou o facto de todos eles, "com tanto curriculum, não terem previsto a crise e terem respondido a esta tarde e mal".
O deputado do CDS-PP Nuno Melo mostrou-se "satisfeito" por haver um candidato português ao cargo de vice-presidente do BCE, mas voltou a atacar Vítor Constâncio por aquilo que considera ter sido a sua responsabilidade nas "falhas na supervisão" do sistema bancário português.
"O facto de errarmos uma vez não significa que sejamos só por isso maus candidatos a outros cargos", concluiu Nuno Melo.
Para Vítor Constâncio as críticas de Nuno Melo "não têm qualquer importância" no processo de decisão em curso.
Fonte: Jornal de Negócios
"Houve perguntas interessantes, pertinentes, mas sem serem difíceis para quem, como eu, há 10 anos é membro do conselho de governadores do BCE", disse Vítor Constâncio no final da audição à porta fechada dos eurodeputados da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu (PE).
A presidente da Comissão, a britânica Sharon Bowles escusou-se a fazer uma apreciação de cada um dos candidatos, limitando-se a afirmar que "todos deram boas respostas" e "que não estariam ali se não fossem todos igualmente bons" candidatos.
A decisão final sobre o nome que irá substituir o actual detentor do cargo, o grego Lucas Papademos, a partir de 01 de Julho próximo está agora nas mãos dos ministros das Finanças da União Europeia (UE).
"Esta participação do PE nesta fase não conduz propriamente a conclusões", disse Vítor Constâncio, acrescentando que "todo este processo não depende propriamente de uma avaliação dos méritos individuais de cada candidato, mas é o resultado daquilo que são negociações políticas entre os governos" dos 27.
O Parlamento Europeu tem o direito de emitir um parecer não vinculativo sobre o candidato escolhido pelos ministros das Finanças, o que poderá acontecer já na próxima terça-feira em Bruxelas, antes de a decisão final ser tomada pelos chefes de Estado e de Governo dos 27.
O PE ouviu em audiências separadas de uma hora cada Vítor Constâncio, o governador do Banco Central do Luxemburgo Yves Mersch e o director do Banco Central da Bélgica Peter Praet.
A eurodeputada socialista Elisa Ferreira espera que "haja uma convergência em torno" de Vítor Constâncio, defendendo que será "um bom contributo para a Europa" se for o candidato escolhido.
O deputado do Bloco de Esquerda Miguel Portas reconheceu que os três candidatos têm um "largo curriculum em matéria de bancos centrais e política monetária", mas criticou o facto de todos eles, "com tanto curriculum, não terem previsto a crise e terem respondido a esta tarde e mal".
O deputado do CDS-PP Nuno Melo mostrou-se "satisfeito" por haver um candidato português ao cargo de vice-presidente do BCE, mas voltou a atacar Vítor Constâncio por aquilo que considera ter sido a sua responsabilidade nas "falhas na supervisão" do sistema bancário português.
"O facto de errarmos uma vez não significa que sejamos só por isso maus candidatos a outros cargos", concluiu Nuno Melo.
Para Vítor Constâncio as críticas de Nuno Melo "não têm qualquer importância" no processo de decisão em curso.
Fonte: Jornal de Negócios