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Parto na água

maioritelia

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Descubra as vantagens e veja onde o pode fazer
Está grávida? Gostava de experimentar o parto na água?

Ainda que seja pouco conhecido no nosso país, é recomendado e tem imensas vantagens para a mãe e para o feto. Conheça-as!

Constitui uma alternativa ao parto natural e desenrola-se de forma idêntica, com a grande diferença «da mulher imergir dentro de uma banheira cheia de água quente na fase final do trabalho de parto, obtendo os benefícios mágicos deste elemento até ao nascimento do bebé dentro de água», esclarece Isabel Ferreira, especialista em Saúde Materna e Obstétrica do centro de preparação para parto e maternidade Gimnográvida. «Muitas vezes, chega a abandonar a banheira apenas após a saída da placenta e o bebé ter mamado pela primeira vez», acrescenta.

A quem se recomenda?

Este tipo de parto é recomendado para «todas as mulheres entre as 37 e as 41 semanas de gravidez, que tenham passado por uma gestação de baixo risco, sem contra-indicações para um parto por via vaginal e que a pretendem ter um parto natural, sem auxílio de medicamentos e com total liberdade de movimentos, beneficiando do relaxamento proporcionado pela água», diz Isabel Ferreira.

De fora ficam, as futuras mães que tenham contra-indicação para um parto por via vaginal, que passem por situações de sofrimento fetal ou grávidas com menos de 37 semanas. Não podem submeter-se a esta alternativa.

O requisito essencial

As sessões de preparação aquática para o parto são um requisito essencial. Dão ao casal a oportunidade de efectuar vários exercícios dentro de uma piscina aquecida, «ambientando-se com o meio aquático e aprendendo posicionamentos, respirações e formas de relaxamento que serão muito úteis no momento do trabalho de parto e durante o parto», salienta Isabel Ferreira.

Segurança máxima

Existem certos cuidados a ter para que o parto seja seguro para a mãe e para o feto. «Deverá ser acompanhado por enfermeiras ou médicos especialistas em saúde materna e obstétrica, com o mesmo profissionalismo e conhecimento com que acompanham o parto natural humanizado em terra. Sempre que se verificar a necessidade de intervenção específica que impeça o parto dentro de água (como por exemplo, a necessidade emergente de aplicação de uma ventosa ou de uma cesariana), deverá ser solicitado à mulher que saia da água, informando-a dos motivos desta orientação clínica», alerta Isabel Ferreira.A água deverá ser potável, a temperatura deverá ser controlada, entre os 35ºC e os 37ºC e a banheira deverá encher-se com água até ao peito da mãe, quando em posição sentada.

«O ideal á a mulher entrar na água assim que estiver com uma dilatação uterina acima de 4/5cm. Antes disso, poderá beneficiar dos efeitos da água utilizando chuveiro com água fria ou quente», refere a especialista.

Acabe com os mitos!

Uma das perguntas mais frequentes que as futuras mães fazem é se há perigo de afogamento para o bebé. A resposta é NÃO! «O bebé tem o reflexo de mergulho, ou seja, enquanto a sua face não entra em contacto com o ar, ele não inicia a respiração e a sua laringe encontra-se fechada, impedindo a entrada de água nos pulmões; enquanto o bebé está debaixo de água, o oxigénio é fornecido pelo sangue materno, através do cordão umbilical», explica Isabel Ferreira.

O parto passo-a-passo

Assim que entram na água, as mulheres exprimem um enorme sentimento de relaxamento físico e emocional, extrema leveza e maior facilidade de movimentação, o que se associa a uma significativa redução da dor e do desconforto durante todo o processo do nascimento. O companheiro pode também entrar dentro de água e a cumplicidade entre ambos é fortalecida.

A água não retira toda a sensação dolorosa do parto, apenas a reduz um pouco. A mulher sente as contracções de forma intensa, mas é incentivada a não lutar contra elas e sim a aceitá-las como algo natural e fisiológico, num processo intenso que lhe irá dar a energia para conseguir ter a força necessária para empurrar o seu bebé para o mundo exterior.

O bebé sai de dentro do corpo da mãe de uma forma suave e, ainda dentro de água, flutua e abre e fecha os olhos, explorando o novo mundo. Impulsiona-se de seguida para a tona de água, em direcção à mãe, mostrando que nasce já com a capacidade de nadar na direcção de quem ele reconhece como sua cuidadora e protectora.

Por fim, a mãe acolhe-o suavemente nos seus braços. Ficam os três, pai, mãe e bebé, conhecendo-se, vinculando-se e interagindo.



Vantagens para a mãe e para o bebé

- Aumenta o relaxamento e diminui significativamente a dor materna.
- Promove uma mais rápida progressão do trabalho de parto.
- Diminui o risco de lacerações vaginais e perineais durante o parto, por aumentar a elasticidade do períneo materno.
- Aumenta a oxigenação do feto durante o trabalho de parto: como a mãe está mais relaxada, a sua respiração é usualmente mais calma, profunda e eficaz.
- Descida mais rápida e menos traumática do feto pelo canal de parto.A parturiente pode dar à luz em casa, confortavelmente, com o apoio de uma parteira e uma equipa especializada.

Se preferir, também pode ingressar num hospital ou numa clínica preparados para realizar um parto na água.

Ainda existem, no entanto, poucos estabelecimentos destes em Portugal.

Aconselha-se, por isso, uma escolha ponderada e criteriosa.


sapo.
 
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