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Cúmplice de Sharif teve 450 mil euros na conta bancária

maioritelia

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O dinheiro obtido por Allan Sharif, através de ameaças e manobras informáticas, no estrangeiro e levantado em Portugal possibilitou que só na conta de um cúmplice passassem, em 2007, mais de 450 mil euros de origem duvidosa. No julgamento que ontem arrancou, o Ministério Público está a usar a nova legislação sobre branqueamento de capitais e que foi aprovada na sequência dos atentados terroristas de 2001.

Com o principal arguido a constar da lista dos mais procurados pelo FBI, o tribunal foi varrido com cães e especialistas na detecção de explosivos. Para entrar na sala de audiências, que a defesa ainda tentou que fosse à porta fechada, havia um cordão de 10 militares da GNR, revistas e detectores de metais.

"És a vergonha de Torre de Tavares", gritou à chegada de Sharif ao tribunal, rodeado por três agentes prisionais, um homem que se deslocou ao tribunal para "assistir ao julgamento de um criminoso". No exterior o forte aparato da GNR dava conta das elevadas medidas de segurança e da perigosidade atribuída ao principal réu (ver outros textos).

Durante a manhã a defesa do clã Guedes, pai, quatro filhos e um genro, solicitou o adiamento do julgamento devido à falta de "documentos considerados fundamentais para a defesa, que foram apreendidos pela Polícia Judiciária", lembrou a advogada. De seguida Noémia Pires tentou que o julgamento decorresse à porta fechada para evitar que afectasse "a dignidade dos requerentes", também ele indeferido.

Já no uso da palavra, o procurador do Ministério Público considerou que Sharif "actuou baseado no temor provocado pelos atentados terroristas" e alertou que "só um povo como o nosso é que não leva a sério estas ameaças". E lembrou que as novas leis de combate ao terrorismo consideram "branqueamento de capitais sempre que um indivíduo esgota o poder normal de consumo".

De acordo com a acusação, Allan Sharif, que não falou em tribunal, é apontado como sendo o "cérebro" da rede constituída por sete familiares e um funcionário da empresa do tio, também ele remetido ao silêncio. José Guedes afirmou ser proprietário de quatro empresas, todas em sociedade com os filhos e das quais todos referiram receber salários entre os 500 e os 700 euros. A acusação sustenta que estas empresas serviriam para branquear capitais e o depoimento de Carla Guedes, prima de Sharif e filha de José Guedes e proprietária de uma das empresas, pareceu dar-lhe razão.

A arguida foi confrontada com os levantamentos que fez, das transferências orquestradas por Sharif, e os quais justificou que seriam para "pagamento de uma quinta, vendida a um cidadão estrangeiro" pelo pai. Para receber essas transferências, que num só dia renderam 14 mil euros, afirmou que o pai fornecia-lhe um código, "na posse do qual e da identificação" conseguia levantar largos milhares de euros. Entre as provas apresentadas constam depósitos, subsequentes aos levantamentos, nas contas que era titular. De seguida o colectivo de juízes confrontou-a com os movi- mentos bancários de 2007. Perguntas que a arguida não soube responder.


dn.
 
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