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Este é sem duvida o assunto que mais nos interessa e o qual ainda não foi totalmente explicado no site, dai ter surgido a ideia da criação de um artigo que explicasse de forma generalizada este assunto. Neste artigo não vão ficar a saber como fazer um overclocking com determinado equipamento informático, mas vão ficar a saber como e em que constitui o overclocking independentemente da plataforma e restantes componentes. Quero ainda deixar uma nota, no artigo são usados vários termos que rapidamente também se vão habituar a usar (se é que não os usam já), mas que podem ainda não conhecer e como tal, recomendo-os que sempre que seja necessário a consultarem a nossa enciclopédia onde poderão ter acesso à definição dos termos mais usados. Se por acaso tiverem alguma duvida sobre algum termo que não conste na nossa enciclopédia.
O que é o Overclock?
Antes de tudo vamos à origem da palavra. A palavra Overclock advêm do termo Over e Clock. Pegando num dicionário de inglês/português obtemos as seguintes definições:
- Over: sobre; em cima; por cima; defronte; do outro lado de.
- Clock: relógio.
Seguindo estas definições será um pouco complicado perceber na perfeição o que significa o overclock, mas isso é essencialmente devido ao facto do termo clock possuir outro significado na informática. O clock significa em bom português “velocidade de relógio”. Quando falamos de clock’s, estamos a falar implicitamente de uma velocidade interna de funcionamento, que pode tanto ser de memórias, do cpu, do gpu e afins. O uso do termo clock deve-se ao facto destas frequências serem medidas em ciclos por segundo, ou seja, ter um cpu a 1000Mhz significa que esse cpu consegue realizar 1000 milhões de ciclos por segundo (1mhz = 1 milhão de ciclos) e no overclocking é comum usar-se a seguinte expressão: "O clock do cpu esta a 1000 (ou 1.0)", neste caso é excluída a designação Mhz ou Ghz, porque é um dado adquirido implicitamente ao falar-se de clock's.
Resumindo, o Overclock significa que algum componente está a funcionar acima daquilo para o qual foi fabricado. Todos os componentes informáticos são fabricados industrialmente e testados no fim da linha de montagem. Durante todo esse processo o componente em questão é fabricado de modo a funcionar a uma determinada velocidade. Quando praticamos overclock o que estamos a fazer é alterar essa velocidade para um patamar superior, de forma ao componente render mais do que seria suposto.
Motivação para a prática do Overclock.
Como é obvio, com a prática desta técnica, conseguimos melhorar, e por vezes muito, o desempenho do nosso equipamento informático. Todos vão concordar comigo que ter um Pentium 4 a 2.5Ghz e ter um a 3Ghz não é bem a mesma coisa. Apesar das diferenças não serem nada do outro mundo, são significativas em muitos aspectos.
Para quem está habituado a realizar Benchmarking, sabe e reconhece perfeitamente bem as diferenças dos resultados obtidos com um P4 a 2.5 e o mesmo a 3Ghz (em overclock). As diferenças dos benches com clock’s destes, dependendo também do tipo de bench e do restante equipamento, podem ser bastante relevantes. O que nos dá logo a entender que realmente, mesmo não sendo este um valor produzido por default, que tem diferenças positivas relativamente a um cpu não overclockado.
Quem fala de cpu’s fala de outros componentes, O overclock não se restringe unicamente a cpus! Podemos também realizar overclocking em placas gráficas, CDRW, placas PCI, discos rígidos e memórias. Penso não me ter esquecido de nada, mas o que interessa perceberem é que praticamente todos os componentes do computador podem ser alvo de overclocking.
Quem nota e muito a diferença da prática do overcloking ou não, são aquelas pessoas que possuem programas de computação distribuída e as quais usam esses programas intensivamente, ou seja 24h por 7 dias. Com a prática do overclocking, estas pessoas vêem, de forma significativa, reduzido o tempo de processamento de cada unidade e consequentemente a produção de unidades diárias/semanárias/anuais é aumentada proporcionalmente. Se por exemplo falarmos em termos percentuais facilmente percebemos isso. Ora vejamos, uma pessoa que consiga um overclock na ordem da que falei anteriormente, 2.5 Ghz para 3.0Ghz, isso corresponde, em termos percentuais, a um aumento de 20%. Se essa mesma pessoa processava por exemplo 1000 unidades por ano, iria então passar a processar 1200 no mesmo intervalo de tempo.
Mas não são somente estes utilizadores que notam as diferenças, mas são sem duvida os que a notam mais. Qualquer utilizador comum ripa de vez enquanto os seus cd’s áudio para o disco rígido ou outro suporte de forma a preservarem essa informação (caso os cd’s fiquem danificados) e vão verificar que o tempo que esta tarefa demora pode ser melhorada com a prática do overclocking. Uma simples tarefa de manutenção como é a realização de uma desfragmentação ao disco, pode também demorar menos tempo, etc. Tudo o que requeira um uso intensivo do componente, que está a funcionar em overclocking, possuirá uma diferença (visível ou não) relativamente ao seu estado default.
Este é também um factor bastante motivador para a prática do Overclocking. Continuando a seguir o exemplo que referi anteriormente, neste momento um Pentium 4 a 2.5Ghz custa +/- 220 euros e um P4 a 3Ghz custa +/- 590 euros. Diferença de preço flagrante e abusiva para a maior parte das bolsas (sobretudo em tempos como estes). Dependo das condições financeiras e não só, o overclocking pode servir como um meio de obter um produto melhor com menos gastos. Mas nem sempre isso acontece, por vezes, o overclocking serve para obter desempenhos que ainda não são alcançados por intermédio dos meios tradicionais (entenda-se compra de material novo). Todos estamos limitados, tal como o overclocking também está, mas é possível comprar material de topo para se praticar overclocking e obter desta forma desempenhos ainda não alcançados nos produtos comerciais.
Cuidados a ter.
No overclocking nem tudo é um mar de rosas. Geralmente a prática do overclocking requer um investimento extra e cuidados extras. Não podemos esquecer nenhum pormenor quando estamos para realizar um Overclock, ou arriscamo-nos a reduzir o nosso investimento a cinzas tal como já aconteceu com várias pessoas, algumas delas com bastante experiência nestas coisas. O primeiro erro de um Overclocker será de pensar que tudo vai correr bem sem ter os devidos cuidados.
Quem me conhece sabe que não me reconheço como sendo Overclocker ou outra coisa qualquer, no entanto gosto de partilhar os meus conhecimentos e aqui vai um conselho muito importante para todos os futuros Overclockers: Fazerem a montagem do equipamento com calma, verificando tudo antes de ligarem a corrente. Antes de tentarem overclockar o quer que seja, analisem a estabilidade do vosso sistema, não se precipitem com todo o entusiasmo e expectativa que possam ter, ou isso poderá custar-lhes bem caro. Algumas pessoas que andam nisto cometem erros (quem não comete??) danificando o equipamento e depois ainda exigem que as lojas lhes reponham o material (estando este na garantia) mas não se esqueçam que a garantia só é válida para os danos provocados naturalmente. Ao praticar-se overclocking qualquer garantia é automaticamente anulada, por isso todo o cuidado é pouco e estejam plenamente conscientes do que estão a fazer.
Ainda relativamente à garantia, quem compra o seu equipamento informático peça a peça e realiza a montagem do mesmo, tem garantia individual, ou seja... pode ficar sem garantia num dos componentes e nos restantes continuar com a garantia, mas quem compra o seu computador já montado, vê a garantia de todos os componentes anulada com a simples abertura da caixa (geralmente esses computadores possuem selos e quando danificados a loja não se responsabiliza por qualquer avaria).
O que é o Overclock?
Antes de tudo vamos à origem da palavra. A palavra Overclock advêm do termo Over e Clock. Pegando num dicionário de inglês/português obtemos as seguintes definições:
- Over: sobre; em cima; por cima; defronte; do outro lado de.
- Clock: relógio.
Seguindo estas definições será um pouco complicado perceber na perfeição o que significa o overclock, mas isso é essencialmente devido ao facto do termo clock possuir outro significado na informática. O clock significa em bom português “velocidade de relógio”. Quando falamos de clock’s, estamos a falar implicitamente de uma velocidade interna de funcionamento, que pode tanto ser de memórias, do cpu, do gpu e afins. O uso do termo clock deve-se ao facto destas frequências serem medidas em ciclos por segundo, ou seja, ter um cpu a 1000Mhz significa que esse cpu consegue realizar 1000 milhões de ciclos por segundo (1mhz = 1 milhão de ciclos) e no overclocking é comum usar-se a seguinte expressão: "O clock do cpu esta a 1000 (ou 1.0)", neste caso é excluída a designação Mhz ou Ghz, porque é um dado adquirido implicitamente ao falar-se de clock's.
Resumindo, o Overclock significa que algum componente está a funcionar acima daquilo para o qual foi fabricado. Todos os componentes informáticos são fabricados industrialmente e testados no fim da linha de montagem. Durante todo esse processo o componente em questão é fabricado de modo a funcionar a uma determinada velocidade. Quando praticamos overclock o que estamos a fazer é alterar essa velocidade para um patamar superior, de forma ao componente render mais do que seria suposto.
Motivação para a prática do Overclock.
Como é obvio, com a prática desta técnica, conseguimos melhorar, e por vezes muito, o desempenho do nosso equipamento informático. Todos vão concordar comigo que ter um Pentium 4 a 2.5Ghz e ter um a 3Ghz não é bem a mesma coisa. Apesar das diferenças não serem nada do outro mundo, são significativas em muitos aspectos.
Desempenho
Quem fala de cpu’s fala de outros componentes, O overclock não se restringe unicamente a cpus! Podemos também realizar overclocking em placas gráficas, CDRW, placas PCI, discos rígidos e memórias. Penso não me ter esquecido de nada, mas o que interessa perceberem é que praticamente todos os componentes do computador podem ser alvo de overclocking.
Quem nota e muito a diferença da prática do overcloking ou não, são aquelas pessoas que possuem programas de computação distribuída e as quais usam esses programas intensivamente, ou seja 24h por 7 dias. Com a prática do overclocking, estas pessoas vêem, de forma significativa, reduzido o tempo de processamento de cada unidade e consequentemente a produção de unidades diárias/semanárias/anuais é aumentada proporcionalmente. Se por exemplo falarmos em termos percentuais facilmente percebemos isso. Ora vejamos, uma pessoa que consiga um overclock na ordem da que falei anteriormente, 2.5 Ghz para 3.0Ghz, isso corresponde, em termos percentuais, a um aumento de 20%. Se essa mesma pessoa processava por exemplo 1000 unidades por ano, iria então passar a processar 1200 no mesmo intervalo de tempo.
Mas não são somente estes utilizadores que notam as diferenças, mas são sem duvida os que a notam mais. Qualquer utilizador comum ripa de vez enquanto os seus cd’s áudio para o disco rígido ou outro suporte de forma a preservarem essa informação (caso os cd’s fiquem danificados) e vão verificar que o tempo que esta tarefa demora pode ser melhorada com a prática do overclocking. Uma simples tarefa de manutenção como é a realização de uma desfragmentação ao disco, pode também demorar menos tempo, etc. Tudo o que requeira um uso intensivo do componente, que está a funcionar em overclocking, possuirá uma diferença (visível ou não) relativamente ao seu estado default.
Preço
Cuidados a ter.
No overclocking nem tudo é um mar de rosas. Geralmente a prática do overclocking requer um investimento extra e cuidados extras. Não podemos esquecer nenhum pormenor quando estamos para realizar um Overclock, ou arriscamo-nos a reduzir o nosso investimento a cinzas tal como já aconteceu com várias pessoas, algumas delas com bastante experiência nestas coisas. O primeiro erro de um Overclocker será de pensar que tudo vai correr bem sem ter os devidos cuidados.
Quem me conhece sabe que não me reconheço como sendo Overclocker ou outra coisa qualquer, no entanto gosto de partilhar os meus conhecimentos e aqui vai um conselho muito importante para todos os futuros Overclockers: Fazerem a montagem do equipamento com calma, verificando tudo antes de ligarem a corrente. Antes de tentarem overclockar o quer que seja, analisem a estabilidade do vosso sistema, não se precipitem com todo o entusiasmo e expectativa que possam ter, ou isso poderá custar-lhes bem caro. Algumas pessoas que andam nisto cometem erros (quem não comete??) danificando o equipamento e depois ainda exigem que as lojas lhes reponham o material (estando este na garantia) mas não se esqueçam que a garantia só é válida para os danos provocados naturalmente. Ao praticar-se overclocking qualquer garantia é automaticamente anulada, por isso todo o cuidado é pouco e estejam plenamente conscientes do que estão a fazer.
Ainda relativamente à garantia, quem compra o seu equipamento informático peça a peça e realiza a montagem do mesmo, tem garantia individual, ou seja... pode ficar sem garantia num dos componentes e nos restantes continuar com a garantia, mas quem compra o seu computador já montado, vê a garantia de todos os componentes anulada com a simples abertura da caixa (geralmente esses computadores possuem selos e quando danificados a loja não se responsabiliza por qualquer avaria).
Temperaturas
Este é o factor mais importante no overclocking e é através dele que conseguimos controlar os riscos do nosso overclocking. Têm que ter muita atenção às temperaturas do vosso sistema, não podem deixar de ter em atenção este factor por um minuto que seja. Muitos iniciados perguntam qual é a temperatura ideal? As minhas temperaturas estão altas? etc... Cada cpu tem uma temperatura média diferente, dependendo da marca/modelo/..., por isso não vou falar em casos específicos, mas posso dizer-vos que todos os cpus estão feitos para aguentarem, por curtos intervalos de tempo, temperaturas de cerca de 90º. Estas temperaturas são claramente abusivas e na maior parte dos casos um computador crasha (bloqueia ou faz um reboot) antes de atingir essas temperaturas. Seja como for, todos eles estão supostamente aptos para aguentar, sem queimar, essa temperatura, nós não vamos arriscar isso, até porque é impossível ter um sistema estável em overclock a essas temperaturas. Vamos ter por base máxima 60º, quem quiser ainda pode ir aos 65º, mas não fixem um limite superior a este. Quem fala de temperaturas está automaticamente a falar de cooling, não me vou debruçar sobre o assunto, mas vou recomendar-lhes que procurem informação sobre isso (é fácil encontrar).