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Obama lembra criação de empregos para defender legislação climática

ecks1978

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O Presidente norte-americano Barack Obama, tentando salvar a legislação climática, sublinhou ontem no seu discurso sobre o “Estado da União”que o investimento em energias limpas poderá promover o aumento do emprego.

A legislação pretende reduzir as emissões de dióxido de carbono através da definição de um preço para as emissões de fábricas e refinarias e da criação de um mercado de licenças de emissão. Além disso, também compromete os Estados Unidos com metas de redução de emissões para os próximos 40 anos.

Mas o documento está longe de reunir consenso. Os opositores receiam que o fardo das reduções obrigatórias leve a despedimentos ou à saída de empresas do país.

Obama, no seu primeiro discurso sobre o Estado da União no Congresso, preferiu focar-se no potencial da legislação para direccionar o investimento para o fabrico de painéis solares, parques eólicos e outras fontes de energia “verde”, dizendo que este esforço irá criar postos de trabalho.

“Este ano, estou ansioso por ajudar a fazer progredir este esforço no Senado”, disse Obama, dirigindo-se aos seus opositores. “E sim, isto significa aprovar uma legislação sobre energia e clima, com incentivos que irão, finalmente, tornar a energia limpa numa energia rentável”.

Esperando convencer os seus oponentes, Obama defendeu como áreas cruciais de investimento a energia nuclear, explorações offshore e centrais a carvão com novas tecnologias. Obama precisa reunir apoios de várias frentes para fazer com que a legislação climática seja aprovada no Senado, onde os democratas acabaram de perder um dos 60 assentos que precisavam para ultrapassar os opositores.

Os silêncios climáticos de Obama

O Presidente não disse que a legislação norte-americana tem de incluir um mercado de comércio de emissões. Nem fez qualquer referência ao Acordo de Copenhaga, conseguido em Dezembro, cujo fim é reduzir as emissões de dióxido de carbono internacionais, apesar de ter ajudado a quebrar o impasse com a China, a Índia e outros grandes poluidores.

Obama também não fez menção às metas de redução de emissões defendidas antes da cimeira climática de Copenhaga. O Presidente declarou que os Estados Unidos irão reduzir as emissões em 17 por cento, em relação às emissões de 2005, até 2020. Mas isto apenas se a legislação for aprovada.

Muitos países estão à espera da aprovação da legislação pelo Congresso norte-americano e do reforço da meta de redução de emissões pela parte de Washington, considerando-os cruciais para fechar um acordo climático global.

Os senadores John Kerry (democrata), Lindsey Graham (republicana) e Joe Lieberman (independente) estão a preparar uma legislação climática que inclua mais incentivos à energia nuclear e à exploração petrolífera offshore. “A mensagem de Obama parece ter sido que a bola continua no lado do trio de senadores que devem apresentar um plano”, comentou Whitney Stanco, uma analista do Concept Capital’s Washington Research Group.

Obama reconheceu que existem pessoas que duvidam da ciência climática. “Mas mesmo que duvidem das provas, dar incentivos para a eficiência energética e energia limpa é a coisa certa a fazer pelo nosso futuro porque a nação que liderar a economia energética ‘verde’ será a nação que vai liderar a economia global”, disse o Presidente.

Americanos cada vez menos preocupados com as alterações do clima

Obama falou horas depois da divulgação de uma sondagem nacional, segundo a qual a preocupação dos norte-americanos relativamente às alterações climáticas está a diminuir acentuadamente desde 2008.

A sondagem, realizada pelas universidades de Yale e George Mason, apenas 50 por cento dos americanos dizem estar “algo preocupados” ou “muito preocupados” com as alterações climáticas. 57 por cento dos americanos acredita que as alterações climáticas são um fenómeno que está realmente a acontecer mas apenas 47 por cento pensa que é causado pelas actividades humanas.

“Apesar das crescentes provas de que as alterações climáticas têm graves impactos mundiais, a opinião mundial está a dirigir-se no sentido oposto”, comentou Anthony Leiserowitz, director do Projecto sobre Alterações Climáticas da Universidade de Yale.

“Ao longo de 2009, os Estados Unidos passaram pelo aumento do desemprego, frustração pública com Washington e um debate aceso sobre a Saúde. O clima foi deixado de fora das notícias. Entretanto, uma série de emails roubados a cientistas climáticas e usados por cépticos para levantar dúvidas sobre esta ciência pode ter contribuído para uma erosão da confiança nos cientistas do clima”, acrescentou Leiserowitz.

A sondagem foi realizada junto de 1001 americanos, com 18 e mais anos de idade, de 23 de Dezembro de 2009 a 3 de Janeiro de 2010.
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