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Orçamento: Acção de charme em S. Bento contra pressões internacionais
Sócrates explica contas ao mercado
A estratégia estava definida. Enquanto o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, explicava o Orçamento aos órgãos de comunicação nacionais, José Sócrates chamou a S. Bento os representantes da imprensa estrangeira, numa acção de "charme" para acalmar os mercados internacionais.
No dia seguinte à apresentação das contas do Estado, o primeiro-ministro convocou as principais agências e órgãos de Comunicação Social estrangeiros para um pequeno-almoço em S. Bento. O objectivo era mostrar o empenho do País em descer o défice e afastar a ameaça das agências de ‘rating’ de desvalorização da dívida da República Portuguesa.
Sócrates sentou à mesma mesa o ‘Finantial Times’, a revista ‘Economist’, o diário espanhol ‘El País’, a Reuters, France Presse, EFE, ANSA, Bloomberg e BBC, para passar uma "mensagem de confiança" e explicar os investimentos do Estado nas energias renováveis, barragens e escolas.
Fonte oficial afirmou ao CM que o encontro se tratou de uma "coincidência", uma vez que o gabinete do primeiro-ministro já tinha decidido retomar os encontros regulares com a imprensa estrangeira. A próxima reunião será realizada em Março.
Este esforço conjunto do Governo surge numa altura em que as principais agências internacionais de notação financeira manifestaram muitas dúvidas sobre a capacidade de Portugal cortar o défice público de 9,3 para 8,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
SAIBA MAIS
CRÉDITO SOBERANO
Tal como as pessoas e as empresas, também os Estados têm uma notação financeira, o chamado ‘sovereign credit rating’, que indica o nível de risco do investimento e a respectiva capacidade de pagar os créditos. Pondera factores económicos e políticos.
7%
de juro paga a Grécia pelas obrigações da dívida pública a dez anos, por perder ‘rating’.
4%
foi quanto prometeu baixar este ano no défice o primeiro-ministro grego George Papandreou ao intervir ontem no Fórum de Davos.
AGÊNCIAS DE 'RATING'
A notação do crédito soberano é feita por agências, como a A.M. Best, Standard & Poor’s, Moody’s ou Fitch Ratings, que usam escalas diferentes a partir de conceitos semelhantes.
ATAQUE ÀS AGÊNCIAS DE 'RATING'
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, pediu ontem moderação às agências de ‘rating’, acusando-as de estarem ao serviço de interesses comerciais. "Não podemos estar sujeitos àquilo que podem ser interesses de estratégia comercial de agências que procuram aumentar a sua quota de mercado", afirmou o ministro, num almoço--debate sobre o Orçamento do Estado, promovido pelo Fórum de Administradores de Empresas. Teixeira dos Santos frisou que "muitos dos problemas" verificados nos últimos anos "tiveram a ver com erros de avaliação do risco, em parte, cometidos pelas agências de rating".
A agência de notação financeira Standars & Poor’s só decide sobre o ‘rating’ a Portugal depois de conhecer os detalhes das medidas até 2013. Já a Moody’s defendeu "cortes mais ambiciosos" na despesa.
Fonte Correio da Manhã
Sócrates explica contas ao mercado
A estratégia estava definida. Enquanto o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, explicava o Orçamento aos órgãos de comunicação nacionais, José Sócrates chamou a S. Bento os representantes da imprensa estrangeira, numa acção de "charme" para acalmar os mercados internacionais.
No dia seguinte à apresentação das contas do Estado, o primeiro-ministro convocou as principais agências e órgãos de Comunicação Social estrangeiros para um pequeno-almoço em S. Bento. O objectivo era mostrar o empenho do País em descer o défice e afastar a ameaça das agências de ‘rating’ de desvalorização da dívida da República Portuguesa.
Sócrates sentou à mesma mesa o ‘Finantial Times’, a revista ‘Economist’, o diário espanhol ‘El País’, a Reuters, France Presse, EFE, ANSA, Bloomberg e BBC, para passar uma "mensagem de confiança" e explicar os investimentos do Estado nas energias renováveis, barragens e escolas.
Fonte oficial afirmou ao CM que o encontro se tratou de uma "coincidência", uma vez que o gabinete do primeiro-ministro já tinha decidido retomar os encontros regulares com a imprensa estrangeira. A próxima reunião será realizada em Março.
Este esforço conjunto do Governo surge numa altura em que as principais agências internacionais de notação financeira manifestaram muitas dúvidas sobre a capacidade de Portugal cortar o défice público de 9,3 para 8,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
SAIBA MAIS
CRÉDITO SOBERANO
Tal como as pessoas e as empresas, também os Estados têm uma notação financeira, o chamado ‘sovereign credit rating’, que indica o nível de risco do investimento e a respectiva capacidade de pagar os créditos. Pondera factores económicos e políticos.
7%
de juro paga a Grécia pelas obrigações da dívida pública a dez anos, por perder ‘rating’.
4%
foi quanto prometeu baixar este ano no défice o primeiro-ministro grego George Papandreou ao intervir ontem no Fórum de Davos.
AGÊNCIAS DE 'RATING'
A notação do crédito soberano é feita por agências, como a A.M. Best, Standard & Poor’s, Moody’s ou Fitch Ratings, que usam escalas diferentes a partir de conceitos semelhantes.
ATAQUE ÀS AGÊNCIAS DE 'RATING'
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, pediu ontem moderação às agências de ‘rating’, acusando-as de estarem ao serviço de interesses comerciais. "Não podemos estar sujeitos àquilo que podem ser interesses de estratégia comercial de agências que procuram aumentar a sua quota de mercado", afirmou o ministro, num almoço--debate sobre o Orçamento do Estado, promovido pelo Fórum de Administradores de Empresas. Teixeira dos Santos frisou que "muitos dos problemas" verificados nos últimos anos "tiveram a ver com erros de avaliação do risco, em parte, cometidos pelas agências de rating".
A agência de notação financeira Standars & Poor’s só decide sobre o ‘rating’ a Portugal depois de conhecer os detalhes das medidas até 2013. Já a Moody’s defendeu "cortes mais ambiciosos" na despesa.
Fonte Correio da Manhã