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Blair diz que 11 de Setembro mudou cálculo do risco no Iraque

maioritelia

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O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair afirmou hoje, em depoimento na comissão de inquérito sobre a participação britânica na Guerra no Iraque, que o «cálculo do risco» representado pelo ditador iraquiano Saddam Hussein mudou após os ataques terroristas contra os Estados Unidos a 11 de Setembro de 2001.
Ao ser questionado sobre a sua estratégia para o Iraque, Blair disse que, antes do 11 de Setembro, pensava que Saddam Hussein podia ser controlado com uma «política de contenção» e através de sanções.

O cálculo de risco mudou com os ataques nos EUA nos quais morreram mais de 3.000 pessoas. Se essa gente, inspirada por fanatismos religiosos, tivesse conseguido matar 30 mil, teriam feito, então cheguei à conclusão de que não se podia assumir riscos nesta questão», afirmou Blair.

Blair salientou ainda que esta posição era britânica e não dos Estados Unidos.

O governo de Blair é acusado de exagerar o risco representado pelo ditador iraquiano para justificar a guerra. O então presidente norte-americano George W. Bush já admitiu que foi um erro invadir o país com base no argumento de que havia armas de destruição maciça, nunca encontradas. A decisão de apoiar a guerra foi a mais controversa dos 10 anos de governo de Blair e causou ainda divisão no Partido Trabalhista.

Saddam fugiu quando as forças norte-americanas, apoiadas pelos britânicos, invadiram o país em 2003. Foi condenado e executado em 2006.

Principal aliado de Bush na Guerra do Iraque, Blair será interrogado durante várias horas sobre a sua decisão de enviar 45 mil soldados britânicos para o país.

O presidente da comissão, John Chilcot, afirmou que o objectivo do interrogatório de Blair é descobrir porque o Reino Unido invadiu o Iraque, porque derrubou Saddam e porquê em 2003.

Os britânicos, até hoje divididos sobre o conflito, esperam que o testemunho do ex-primeiro-ministro aponte respostas sobre o objectivo e a legitimidade da guerra e sobre como e quando Blair decidiu apoiar os norte-americanos com base no falso argumento das armas de destruição maciça.



dd.
 
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