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China: Sismo moderado provocou um morto e 11 feridos

maioritelia

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Haiti/Sismo: Psicóloga portuguesa regressou a casa com a maior experiência de vida na

Marinha Grande, Leiria, 31 jan (Lusa) - A psicóloga portuguesa Ana Estrada, que se encontrava na capital do Haiti, em Port-au-Prince, quando ocorreu o sismo, chegou sábado à terra natal, na Marinha Grande, com a maior experiência de vida na bagagem.

"É uma grande experiência de vida. Pode dizer-se que é a maior", disse hoje à Agência Lusa Ana Estrada, no final da cerimónia que assinalou os 63 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria, corporação do concelho da Marinha Grande da qual recebeu a medalha de assiduidade cinco anos grau bronze.

Ana Estrada estava desde 26 de julho de 2009 em Port-au-Prince como civil integrada na polícia das Nações Unidas, a trabalhar no Departamento de Desenvolvimento de Pessoal para a Polícia Nacional Haitiana, onde era responsável pela supervisão das fases de seleção e recrutamento e pelo serviço social.

Quando a terra tremeu, a psicóloga, de 30 anos, encontrava-se no escritório do quartel da polícia das Nações Unidas, onde trabalhavam cerca de 200 pessoas.

Abrigada debaixo da sua secretária, onde continuava a sentir sucessivos "tremores", e com o pensamento de que não era ali que ia morrer, Ana Estrada acabou por conseguir sair dos escombros do edifício.

"Tive medo", confessou, acrescentando não saber, ainda, ao certo, o número de "conhecidos, colegas e amigos do coração" que morreram na sequência do terramoto.

Já na rua, perante um cenário de pessoas feridas, amputadas e em total desespero, a prioridade "foi tentar ajudar aqueles que estavam feridos", contou a psicóloga, explicando que no desempenho desta tarefa não lhe faltava "a tristeza e o luto pelos colegas e amigos mortos".

"A maior dificuldade da tragédia, sinceramente, é perdermos as pessoas com quem estamos habituados a estar e o sofrimento coletivo de um povo", declarou, adiantando que foi a sua "estabilidade emocional que permitiu dar conta daquela situação toda".

Ana Estrada apontou, também, os "momentos positivos" da catástrofe: "A retirada de alguns colegas com vida ou uma criança que, ao nosso lado, deixe de chorar, já é compensatório".

Por já não ter local de trabalho, a portuguesa passou a atuar com outros profissionais da mesma área na emergência psicológica, prevenindo o stress pós-traumático e a promover a estabilidade emocional.

Considerando ser impossível "descrever tudo" o que viu e viveu na capital haitiana, Ana Estrada assegurou, contudo, que "nunca, nem por um momento", pensou em "desistir e abandonar o país".

Por isso, tem já viagem de regresso marcado para o próximo dia 09 de fevereiro, com escala em Nova Iorque e depois República Dominicana, esperando estar em Port-au-Prince a 16.

"Gosto daquilo que faço e, neste momento, faz todo o sentido estar no Haiti", justificou, esperançada, igualmente, que continue a ajuda internacional ao país.

"Neste momento toda a ajuda é bem-vinda, desde a alimentação, à assistência médica, aos abrigos, à reconstrução", disse, frisando, para que não se esqueça, que o Haiti está "altamente destruído".

dd.
 
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