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Escândalo de pedofilia em colégio jesuíta origina mais denúncias

joseseg

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Mai 26, 2007
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O escândalo de abusos sexuais de menores por padres jesuítas num liceu de Berlim, revelado na semana passada, alastrou a outros colégios na Alemanha e no estrangeiro, confirmaram responsáveis desta ordem religiosa.

Na segunda-feira, três ex-alunos do Colégio de Sankt Ansgar, em Hamburgo, disseram que também foram vítimas de actos pedófilos por parte de um dos padres que leccionou em Berlim.

O padre em questão, de 65 anos, leccionou Religião e Alemão em Berlim, nos anos 1970 e, de 1979 a 1982, foi professor de Ginástica no Colégio Sankt Ansgar.

Ainda antes, tinha sido docente no colégio jesuíta de St. Blasien, na Floresta Negra, no Sul da Alemanha, onde também já há registo de casos de abusos sexuais. Actualmente vive no Chile.

O chefe da ordem dos jesuítas na Alemanha, Stefan Dartmann, confirmou, na segunda-feira, que há também informações sobre casos de pedofilia em colégios em Goettingen, Hildesheim, e também em Espanha e no Chile.

Ao todo, são conhecidas 25 vítimas, disse.

Revelação de abusos no Liceu Canisius

Na semana passada, Klaus Mertes, reitor do Liceu Canisius de Berlim, revelou que vários antigos alunos se tinham queixado de abusos sexuais cometidos por dois padres que trabalharam na referida instituição nos anos 70 e nos anos 80.

Klaus Mertes admitiu, na mesma ocasião, que já sabia da existência de tais abusos há vários anos e que os casos eram também do conhecimento da direcção jesuita a nível nacional.

Um dos padres confessou os abusos cometidos em Berlim, mas manteve silêncio quanto ao que aconteceu em outros colégios por onde passou, em Hamburgo e St. Blasien.

O outro padre, segundo os responsáveis jesuítas, contestou todas as acusações.

O Ministério Público de Berlim está entretanto a apurar se os abusos sexuais em questão já prescreveram, uma vez que, os delitos de pedofilia na Alemanha prescrevem após 10 ou 20 anos, consoante a gravidade.

Unicef exige alargamento do prazo de prescrição

A secção alemã da Unicef exigiu hoje, terça-feira, que o prazo de prescrição destes crimes seja alargado para 30 anos.

"Quanto se trata de abusos sexuais, as vítimas, geralmente crianças, só décadas mais tarde estão em condições de falar sobre o que lhes aconteceu", sublinhou o presidente da UNICEF alemã, Georg Ehrmann.

"Celibato cria zonas de risco"

O escândalo desencadeou na Alemanha um debate sobre abusos sexuais de menores em instituições religiosas e sobre a manutenção do celibato para os sacerdotes na Igreja Católica.

Em declarações ao matutino "Die Welt", o professor de Teologia Hanspeter Heinz afirmou que o problema "não é o celibato, mas sim a falta de maturidade sexual de sacerdotes e seminaristas".

Porém, o celibato, "conjugado com a estrutura hierárquica da Igreja Católica, também cria zonas de risco", admitiu o autor de vários livros sobre Religião e Moral.

JN
 
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