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Edifício do Hot Clube vai mesmo ser demolido

joseseg

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Mai 26, 2007
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O edifício onde funcionava o Hot Clube está em risco de ruir e será demolido até maio, depois de ter sido atingindo por um incêndio, mantendo-se a fachada, disse o diretor de obras da autarquia de Lisboa.


“Não tem qualquer possibilidade de se manter de pé”, afirmou o diretor municipal de projetos e obras, Silva Ferreira, sublinhando que “há risco de ruir”.

Apesar de classificado como imóvel de interesse municipal, o prédio é irrecuperável, mas, para “manter a memória” do edifício, serão preservadas as fachadas, afirmou.

Assim, todo o interior desaparece, incluindo a carismática cave onde funcionava o Hot Clube de Portugal (HCP), o que deixou “em choque” a direção do clube.

“Ligaram segunda feira da câmara a perguntar se não queríamos tirar mais coisas da cave, porque iam consolidar a fachada e possivelmente o edifício teria que ser demolido. Ficámos em choque”, disse à Lusa Inês Homem Cunha, presidente do conselho diretivo do HCP.

A demolição deverá acontecer até maio, desenvolvendo-se até lá trabalhos de “contenção dos alçados” e dos prédios contíguos, especificou o diretor municipal.

Segundo Inês Homem Cunha, já está escolhido o local na Praça da Alegria onde o Hot Clube de Portugal irá funcionar provisoriamente.

No entanto, a direção não divulga ainda o espaço exato, porque aguarda ainda orçamentos dos arquitetos - os irmãos Aires Mateus - que se disponibilizaram para desenhar o projeto de remodelação do local para acolher o clube de jazz.

“Só depois é que vamos falar com a câmara e saber se vão custear as obras”, disse Inês Homem Cunha.

O mais antigo clube de jazz português está sem uma sala de concertos desde que a cave onde sempre funcionou, num edifício camarário na Praça da Alegria, em Lisboa, ficou destruído por um incêndio em finais de dezembro.

A direção do HCP manifestou sempre a intenção de manter o clube de jazz junto à Praça da Alegria e regressar ao edifício onde sempre funcionou.

A ideia é converter o prédio numa Casa do Jazz, mas o processo será complexo uma vez que o edifício integra o Plano de Pormenor do Parque Mayer e depende do litígio judicial entre a Bragaparques e a autarquia.

O Hot Clube de Portugal, fundado por Luís Villas-Boas em março de 1948, é o mais antigo espaço noturno dedicado ao jazz em Portugal.

A primeira sede do HCP foi em casa do próprio Villas-Boas, mais tarde no cabaret Fontória e só depois numa cave de 48 metros quadrados no número 39 da Praça da Alegria, onde se escreveu a história do jazz em Portugal.

Por lá passaram centenas de artistas internacionais, como Count Basie, Dexter Gordon e Sarah Vaughn, estudaram músicos como António Pinho Vargas, Mário Laginha e Carlos Bica e conviveram várias gerações de músicos, como Bernardo Moreira, Bernardo Sassetti, Maria João, José Eduardo, Filipe Melo e Júlio Resende

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