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Rainha de sete anos chora mas é centro das atenções

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RoterTeufel

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Desfile de Carnaval no Rio de Janeiro
Rainha de sete anos chora mas é centro das atenções


Rodeada por dezenas de repórteres que tentavam entrevistá-la ou fotografá-la assim que chegou ao Sambódromo do Rio de Janeiro, a menina Júlia Lira, de apenas sete anos, escolhida em meio a muita polémica para rainha da Escola de Samba Viradouro, não suportou a pressão e teve uma crise de choro. Mas o seu desfile ao longo da Avenida Sapucaí, à frente da Bateria (conjunto dos ritmistas de uma escola de samba) foi um grande sucesso, aplaudido calorosamente por todo o público.

Durante a crise nervosa, Júlia foi consolada pela mãe, Mónica, mulher do presidente da escola e pai da menina, Marco Lira. Protegida por vários componentes da escola, a criança foi mantida longe da imprensa e dos curiosos até chegar o grande momento, comandar com as suas evoluções os quase 300 músicos que deram o tom e o ritmo ao desfile da Viradouro, que é de Nilópolis, cidade na área metropolitana do Rio de Janeiro.



Com uma mini-saia lilás e um bustiê prateado, Júlia representava o tesouro dos piratas das Caraíbas num enredo que contava a história do México. Os ritmistas estavam todos vestidos com fantasias de pirata. Recuperada do acesso de choro, Júlia mostrou não ter sido por acaso ou só por ser a filha do presidente que foi escolhida para rainha. Evoluiu graciosamente durante uma hora e vinte e dois minutos, tempo que cada escola tem para mostrar a sua história, mostrou que tem samba no pé e o gingado dos cariocas e fez levantar as dezenas de milhar de pessoas que assistiam nas arquibancadas. Independentemente da escola da sua preferência, todos na avenida aplaudiram quando ela passou.



Por exigência da justiça, Júlia foi acompanhada o tempo inteiro pela mãe. Além dela, tinha a seu lado, como um fiel escudeiro, Jorginho, de nove anos, filho do mestre Jorjão, da Bateria, e desfilou sob o olhar atento de cinco representantes judiciais.



Quando a escolha de uma criança para o posto de maior destaque de uma escola de samba foi anunciado, entidades como o Centro Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente ficaram revoltadas. Alegando que o posto de rainha é muito sensual, de forte apelo sexual, e que poderia provocar traumas irreversíveis numa criança, o centro instaurou uma acção judicial para impedir Júlia de desfilar. Semana passada, no entanto, a justiça autorizou que ela desfilasse, desde que não usasse o tradicional micro-biquini das rainhas, que fosse acompanhada pela mãe e que a sua evolução e roupa fossem compatíveis com a idade.


Fonte Correio da Manhã
 
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