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Vila do Conde: Julgamento marcado por versões contraditórias

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RoterTeufel

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Vila do Conde: Julgamento marcado por versões contraditórias
“Disparei sem ter intenção de matar”

"Nunca pensei que alguém ia falecer por minha causa", desabafou ontem Miguel Vitoreira, que está a ser julgado, no Tribunal de Vila do Conde, pelo homicídio do pai da namorada do seu filho. O arguido alega que baleou Carlos Boguinha porque este queria casar à força a filha, de 13 anos, com o filho de Miguel, de 15 anos. O Ministério Público não acredita e pede 18 anos de prisão para o arguido.

"Os ânimos estavam muito exaltados. Levámos todos muita porrada. Disparei por nervosismo depois de ver aquela família ali", descreveu Miguel Vitoreira ao colectivo de juízes. Os desacatos entre as duas famílias de etnia cigana surgiram depois dos parentes da menor terem descoberto o namoro dos jovens. De acordo com a lei cigana, quando alguém namora tem que ser feito um pedido de casamento. E foi isso que o homicida e a vítima discutiram a 24 de Maio de 2009.

A polícia foi chamada, mas os agentes não evitaram os dois disparos fatais. Carlos Boguinha foi atingido e teve morte imediata. "Não me apercebi que tivesse acertado em alguém. Disparei sem ter intenção de matar", admitiu ontem Miguel Vitoreira.

Não entanto, na primeira sessão do julgamento, as testemunhas apresentaram versões bem diferentes. O procurador do Ministério Público optou por acreditar nos depoimentos da polícia.

De acordo com os agentes, quando chegaram ao local as famílias discutiam mas não se agrediam. "Como não estava a ser ameaçado ou agredido, não há factos que possam justificar a sua conduta", disse o procurador. O pai de Miguel Vitoreira – conhecido por ‘Miguel Cigano’ - e o cunhado da vítima também se sentam no banco dos réus. O primeiro por dar um tiro ao cunhado de Carlos, atingindo-o de raspão no pescoço. O segundo por agredir um agente. O MP pede a condenação dos três arguidos.

PORMENORES

NEGÓCIO

As lojas de roupa do pai de Miguel Vitoreira existem há décadas em Vila do Conde, mas estão fechadas desde o dia do crime.

SENTENÇA MARCADA

O julgamento começou ontem e foram feitas alegações finais. Sentença é a 8 de Março.


Fonte Correio da Manhã
 
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