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Dois fortes terremotos voltam a sacudir o Chile

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RoterTeufel

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Dois fortes terremotos voltam a sacudir o Chile



SANTIAGO - Pelo menos dois novos terremotos, com magnitudes entre 6,3 e 6,6 graus na Escala Richter, foram registrados pelo serviço de pesquisas geológicas dos Estados Unidos, USGS. O primeiro deles aconteceu às 6h19 desta sexta. O segundo, mais forte, foi sentido por volta das 8h45. Os novos tremores aconteceram a cerca de 40 km de Concepción, na região de Bio Bio.

O Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico, também administrado pelos EUA, não emitiu nenhum alerta de tsunami até o momento. O governo chileno ainda não divulgou se o tremor fez novas vítimas.

Os abalos desta sexta foram sentidos em Chillán, que fica a mais de 100 km de Concepción e assustou as pessoas. - Foi um terremoto muito forte. A gente percebe quando o terremoto é forte pela intensidade e duração. Esse foi bem intenso. Tenho medo que tenhamos outros terremotos como o de sábado passado - disse a gerente hoteleira Marta Patricia, 47 anos.

Estas foram as réplicas mais fortes registradas depois do devastador terremoto do último sábado, que teve magnitude de 8,8 graus. Estima-se que as vítimas sejam mais de 800, entre mortos e desaparecidos.

O novo tremor acontece em um momento especialmente complicado para o governo de Michelle Bachelet, que deixa a presidência na próxima semana. Ontem, ela decretou luto oficial de 3 dias pelas mortes na tragédia.

- A presidente da República decretou no dia de hoje três dias de luto nacional, a contar da zero hora de domingo, 7 de março, em memória dos chilenos e chilenas falecidos - afirmou o subsecretário do Interior, Patricio Rosende.

Rosende leu ainda uma lista de 279 pessoas falecidas no terremoto que foram plenamente identificadas.

O subsecretário não afirmou se era uma revisão para baixo do balanço oficial de 802 mortos divulgado na quarta-feira e também não divulgou o número de falecidos que não foram identificados. Além disso, não anunciou a quantidade de pessoas consideradas desaparecidas.

Na quinta-feira, Bachelet afirmou que, entre os quase 600 mortos anunciados para a região de Maule, há 200 pessoas que na realidade estão desaparecidas.

Nesta sexta-feira o Chile recebe o secretário-geral da ONU, que no sábado visitará a região do desastre. Bachelet verificou na quinta-feira a distribuição da ajuda em Concepción e Talca, as capitais das regiões mais afetadas.

A presidente citou pela primeira vez a reconstrução do país, que segundo ela vai levar pelo menos três anos, o que significa quase todo o mandato do presidente eleito Sebastián Piñera, que assume o poder no dia 11 de março.

Além disso, afirmou que, apesar do Chile dispor de recursos para um certo número de ações, o país terá que recorrer a créditos do Banco Mundial e de outras instituições.

Em Concepción (500 km ao sul de Santiago), que ainda está sob toque de recolher em consequência dos saques e vandalismo após o terremoto e o tsunami, as pessoas ainda protegem as casas por conta própria, apesar da presença de 14.000 soldados nas áreas de desastre.
 
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